Adeus, crenças limitadoras! – WIF Partners

Adeus, crenças limitadoras!

O que são Crenças?

 

Sem entrarmos em definições, podemos dizer que Crenças são opiniões fortes, que foram por nós apadrinhadas e guardadas com especial carinho. São opiniões tão fortes, que acreditamos nelas como sendo “verdades” absolutas. São fruto das nossas vivências, contextos, valores e vão-se enraizando, fazendo parte do nosso processo mental e emocional. E porquê? Porque quando surgiram em determinado momento da nossa vida, a experiência vivenciada e as perspetivas que tínhamos do momento levaram-nos a percebê-las como úteis.

Só que o mundo muda a todo o momento e as nossas crenças estáticas podem ficar desatualizadas, deixando de ser úteis e passando a ser limitantes; quando isso acontece, prendem a nossa ação e a nossa capacidade para arriscar, conhecer mais e evoluir.

 

Crenças limitadoras: de que forma nos condicionam?

Todos nós temos uma forma própria de olhar e de interpretar aquilo que está à nossa volta. Graças aos valores e experiências de vida que temos, utilizamos as nossas “lentes” para ver o mundo e cada situação que nele ocorre. Podemos não ter consciência disso, mas as nossas lentes condicionam a nossa realidade e isso torna-as limitadas e enviesantes da análise que possibilitam.

 

Assim sendo, esta maneira de ver as situações condiciona as nossas ações e isto deve-se ao facto de existirem crenças limitadoras que tomamos como certas.

As crenças são formadas a partir da perceção que temos do mundo, acabando por se tornar na nossa realidade. Podem impulsionar-nos a agir/a ir mais além, ou, por outro lado, paralisar-nos. Acreditamos tanto em algo que ficamos presos a essa visão que temos da realidade, acabando por não a contradizer ou sequer questionar, aceitando-a como uma “verdade absoluta”, imutável.  E a questão pode estar na palavra “imutável”! Termos verdades absolutas, faz-nos sentir seguros, mas aquilo que é verdade em determinado momento pode não se aplicar noutro e esta é a armadilha das nossas crenças. É que ao acreditarmos que o que é verdade hoje e agora o será sempre, estamos a esquecera influência das circunstâncias e de tudo o que está em constante mudança e transformação.

 

Denise Pará Diniz, coordenadora do setor de gestão de stress e qualidade de vida da Universidade Federal de São Paulo, defende que “o comportamento gira em função disso [das crenças que temos]” e que estas podem mesmo “atrapalhar a reflexão e o estímulo de capacidades.” Além disso, estas crenças limitadoras conduzem-nos para um círculo vicioso de pensamentos automáticos. Estas “lentes” pelas quais fazemos a leitura de nós mesmos e do mundo “podem ter um grau severo de distorção de imagem que confunde as nossas perceções levando-nos a interpretações muito distantes da realidade, sentimentos negativos, reações, atitudes inadequadas”, segundo a psicóloga especialista em Medicina Comportamental, Marcia Marchiori.

 

Estas crenças limitadoras acompanham-nos desde cedo na nossa vida, mas só tomamos consciência delas anos mais tarde.

É um grande desafio colocá-las em causa, até porque quando entramos em piloto automático não reparamos que estamos a proferir algo que nos condiciona e não entendemos de imediato o impacto que isso tem em nós.

Com certeza que já deu por si a dizer “Não consigo aprender isso. É muito difícil” ou “Não sou bom o suficiente a fazer isso.” ou até mesmo “Gostava, mas neste momento não tenho tempo para isso.”

Todas estas frases são limitadoras, e quando as expressamos, estamos a condicionar a nossa própria ação e evolução. O impacto que este tipo de pensamento tem em nós é imenso, até porque pensamento gera pensamento. E pensamento condiciona ação.

 

 

É tempo de dar o salto e transformar

 

Quando deixa o piloto automático de lado e toma a consciência de que se está a deixar dominar por uma determinada crença limitadora, assume as suas escolhas e decisões e percebe que pode atribuir à sua crença um novo significado e abordagem. É muito importante identificar o que o está a impedir de ir mais além, pois só assim conseguirá transformar esta crença limitadora numa crença potenciadora.

Pode começar por perguntar a si próprio o que o leva a pensar de determinada forma; o que origina esse pensamento e quais as consequências que o mesmo tem para a sua vida.

Depois disso, pode reescrever e transformar essa crença limitadora em algo positivo. Por exemplo, deixe de dizer: “Não sou bom o suficiente a fazer isso.” e dizer: “Eu ainda não faço esta coisa a 100%, mas, com o meu empenho e esforço diário, aos poucos vou-me tornando melhor a fazer.” Este poder do “e ainda” é motivacional, dá-lhe esperança e é transformador. E se passasse a incluir o poder do “ainda” sempre que reformula algo que o limita para algo que o potencia?

 

Esta transformação de limitador para potenciador dá-lhe muitas vezes o boost de confiança de que precisa para acreditar em si, nos seus sonhos e nas suas capacidades. Lembre-se da frase inspiradora de Walt Disney: “Não deixe que os seus medos tomem o lugar dos seus sonhos”, afinal de contas, “é o sonho que comanda a vida” e é bom acreditar nele e lutar pela sua concretização.

 

A melhor notícia é que a transformação depende de si, da forma como reprograma certas frases que costuma proferir em piloto automático. Esta reprogramação requer treino para que o cérebro se habitue, esqueça as crenças que outrora o limitavam e dê lugar àquelas que o permitem ir mais além.

 

Depois de ler este artigo sugerimos que reflita sobre as suas crenças que o limitam – algo como: “… não é para mim”, “não consigo…”, “toda a gente pensa assim” – e as avalie à luz do que aqui partilhamos consigo. Depois reescreva-as de modo que sejam impulsionadoras de ação e alavanquem transformação. Não se esqueça do poder do ainda! Depois, veja as diferenças e quanto o muito da mudança que quer ver no mundo depende de si.

Seja Feliz, faça por isso!

0 replies

Leave a Reply

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Precisa de ajuda?