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Que caminhos percorrer para ser Feliz?

Muito se tem escrito sobre Felicidade e se, é possível sermos real e consistentemente pessoas felizes.

Este é um tema difícil, mas sinto que isso passa muito por raramente se falar das virtudes, daquilo que nos faz sentir brilho interior. Reconhecermos, ou identificarmos em nós este brilho, esta alegria de viver, esta força que nos vem de dentro, o que que nos faz sentir – “pessoas felizes”, acontece por autoconhecimento. Só quando estamos treinados a viajar ao nosso interior e dar nome ao que lá se passa é que conseguimos ver e perceber que aí também existem elementos muito bons que nos dão muita alegria e satisfação. A isto eu chamo “brilho interior”.

Esta felicidade, esta força, ninguém nos consegue retirar, anular ou reduzir, pois só nós próprios temos a chave para este nosso cofre – o nosso interior.

O que nos rodeia, o que nos pode intoxicar, na verdade só tem esse poder se nós permitirmos e se nós dermos autorização para penetrar e atuar em nós.

Dir-me-á: – Não sei se, será mesmo assim! Sei que é muito difícil assumi-lo e entendê-lo. Frequentemente temos tendência para nos desculparmos ou reduzirmos o nosso contributo ao deixarmos que o que nos acontece de mal, ou externamente, nos afete interiormente. Acredito que todos nós temos escolhas. No entanto, quando não temos noção ou consciência das nossas escolhas, é como se não existissem.

Como posso então identificar as escolhas que me fazem feliz?

Aí estamos a falar de sabedoria, de autoconhecimento, de ganho de consciência das nossas crenças, motivações, traumas e virtudes. Assumir o que há de muito bom e especial em nós é tão difícil de identificar quanto o que nos é menos agradável – os nossos defeitos. Acima de tudo é importante aceitarmos o que somos e entender as motivações que nos fazem agir como agimos. Conhecer isto ajuda muito a entendermos e a sentirmos compaixão por nós mesmos. Aceitarmos a nossa realidade é fundamental para nos transformarmos. Se andarmos a lutar contra nós mesmos, não conseguiremos mudar nada, pois gastamos toda a nossa energia em nada fazer acontecer.

QuanO que saber para ser Feliz!do conseguimos identificar, aceitar e depois querer fazer diferente, sentimos então a vontade de experimentar o novo e isso leva à transformação. Para que esta mudança esteja orientada ao caminho da nossa felicidade, é fundamental que consigamos frequentemente entrar em contacto com as nossas virtudes.

São elas que nos dão satisfação interior, que nos fazem sentir realizados, que nos revelam o nosso brilho interior. À luz do Eneagrama são exemplo de virtudes:

 

–  o desapego, como largar o que já não me é útil, seja emoção, pensamento ou coisas materiais – quem já experimentou dar o que tem a quem precisa mais sabe que a gratidão que gera é muito gratificante;

– a caridade, no sentido de estar disponível para cuidar;

– a serenidade, ou seja, lidar com as adversidades com paz interior;

– a veracidade, perceber e valorizar o que é verdadeiro e autentico;

–  o equilíbrio emocional;

– a valorização de nós mesmos e dos outros;

– a humildade que possibilita estar disponíveis para o que seja necessário;

– a perseverança, a capacidade de ultrapassar dificuldades insistindo no agir que sabemos nos vai levar a bom porto e a resultados que nos deixam felizes;

– a inocência, que nos retira a necessidade de tudo controlar;

– a coragem, como capacidade de agir guiados pela voz do coração.

 

Então, em vez de nos prepararmos ou reagirmos em luta contra nós próprios ou contra “outros”, importa descobrirmos que a Felicidade vem de dentro de nós, da nossa capacidade e treino de escolhermos entrar em contacto com as nossas virtudes e aptidões, aplicando-as no dia a dia, colocando-as ao serviço de quem delas precisar. E isto é um processo de aprendizagem, experimentação, desenvolvimento e acima de tudo, transformação saudável e consistente.

Eu dou suporte a este meu processo através do conhecimento que o Eneagrama me traz, e sinto-me uma pessoa Feliz. Qual o caminho ou processo já iniciado por si? A nossa vida é uma só, e vale a pena ser vivida com felicidade interior.

 

Ana Sousa

Executive & Team Coach, Life Coach, Facilitadora, Consultora

Managing Partner WIF Partners

O que fazer a tanta emoção?

Rapariga a representar diversas emoções. Andrea Piacquadio (Pexels)

Pode-se dizer que a vida humana se assume como um carrossel de emoções e que estas, por sua vez, são a linguagem da alma.

As emoções são a interpretação daquilo que conseguimos sentir no nosso corpo e interferem na nossa vida e nos relacionamentos.

Somos Seres Emocionais e sentir emoções não só é normal, como importante e saudável. É graças às emoções que conseguimos atribuir significado às coisas que nos acontecem e aos momentos pelos quais passamos e essas vivências enriquecem-nos.  As emoções desempenham um papel muito importante – não só as que designamos como positivas, como também aquelas que nos perturbam.  O medo ou o nojo, por exemplo, protegem-nos na sua função mais básica de garantir a sobrevivência – se não tivéssemos nojo, comíamos qualquer coisa e isso punha em causa a nossa sobrevivência.   Elas espelham-nos a interpretação que fazemos da realidade.

 

Sinto, logo existo

Estamos permanentemente a sentir alguma coisa. As emoções acompanham-nos para todo o lado, 24 horas e sete dias por semana. Não temos forma de nos esconder delas – aliás, mesmo que fosse possível, não o deveríamos fazer. É importante que as expressemos perante aqueles que fazem parte da nossa vida diária, seja com a família, amigos ou no local de trabalho. É essencial tratarmos as nossas emoções com carinho e tirarmos tempo para as interpretarmos. E sim, saber o que queremos fazer com elas, especialmente quando são emoções que nos perturbam.

As emoções traduzem-se em vibrações de energia no nosso corpo e essa energia não deve ser reprimida. Ao sentirmos uma emoção que nos perturba e se a reprimirmos, o que acontece é que essa vibração energética se acumula dentro de nós e tem consequências ao nível físico – somatizamos essas emoções e o corpo vai adoecendo – e relacional – quem nunca deu uma resposta exagerada a uma situação?

O ideal é saber como gerir as emoções e escolher o estado emocional em que queremos estar

Deixamos-lhe a nossa sugestão de uma técnica que o vai ajudar a gerir as suas emoções:
O primeiro passo é dar um nome, identificar a emoção que está a sentir. Em que parte do corpo ela se manifesta? Depois disso, procure compreender a razão e a origem dela. Pergunte a si próprio: “porque estou a sentir isto?”; “esta emoção surge de onde?” E atribua-lhe um significado! Ao perceber o significado da emoção, pode ressignificá-la e escolher como vai agir.

Qual é a intenção positiva por trás dessa emoção? De que é que essa emoção o está a proteger? Ao perceber de que é que a emoção o protege (qual é a intenção positiva), permite-lhe aceitá-la, dar-lhe um novo significado e escolher os recursos para a gerir. Por ex.: Imagine que está numa reunião e tem que dar uma opinião. E sente vergonha. Qual a intenção positiva por trás desta emoção? Pode ser, por exemplo, protegê-lo de errar! Então pode decidir que vai arriscar e usar recursos como a respiração, a escuta ativa ou a capacidade de organizar as ideias e encontrar a coragem para arriscar e dar voz às suas ideias!

 

Da próxima vez que estiver a vivenciar uma situação de conflito que lhe está a provocar uma emoção que não deseja, pode perguntar a si mesmo: “esta emoção serve-me?” Se a resposta for não, usufrua do poder da escolha que tem dentro de si e escolha o que quer fazer nessa situação. Peça um tempo, pare, respire e depois volte, com mais calma, ao assunto que escolheu deixar por breves minutos. Questione-se acerca daquilo que está a sentir nesse estado interno (dê um nome à emoção), porque a está a sentir, como lhe pode dar um novo significado e escolha qual o recurso ao seu alcance para gerir essa situação – Empatia? Compaixão? Amor?  E escolha como vai agir! Lembre-se: ninguém tem o direito de estragar o seu dia! Mas é a si que lhe compete fazer com que isso aconteça!

 

Claro que, importa não esquecer o início deste artigo: todas as emoções são importantes! E a gestão das mesmas não passa por excluir ou reprimir aquelas que não nos agradam e que interpretamos como desconfortáveis. É facto que não devemos ser prisioneiros destas emoções, mas é crucial a procura de equilíbrio e compreensão do que é que despoleta determinada emoção em nós.

 

O filme Inside Out (Divertidamente em português) dá várias lições sobre as emoções e reforça a importância de todas elas na vida humana.

 

Sentir e mostrar emoções no local de trabalho abre espaço para a confiança e partilha

 

Uma grande parte do nosso dia é passada no local de trabalho.

Continuamos a ser pessoas no espaço laboral. Por isso mesmo, as emoções não ficam guardadas dentro da caixa à espera de que o dia de trabalho acabe. Escolha gerir as suas emoções e expressá-las, abrindo, deste modo, espaço para a partilha, sinceridade e confiança entre todos. A nossa sugestão é que o faça com respeito, por si e pelos outros.

Adeus, crenças limitadoras!

O que são Crenças?

 

Sem entrarmos em definições, podemos dizer que Crenças são opiniões fortes, que foram por nós apadrinhadas e guardadas com especial carinho. São opiniões tão fortes, que acreditamos nelas como sendo “verdades” absolutas. São fruto das nossas vivências, contextos, valores e vão-se enraizando, fazendo parte do nosso processo mental e emocional. E porquê? Porque quando surgiram em determinado momento da nossa vida, a experiência vivenciada e as perspetivas que tínhamos do momento levaram-nos a percebê-las como úteis.

Só que o mundo muda a todo o momento e as nossas crenças estáticas podem ficar desatualizadas, deixando de ser úteis e passando a ser limitantes; quando isso acontece, prendem a nossa ação e a nossa capacidade para arriscar, conhecer mais e evoluir.

 

Crenças limitadoras: de que forma nos condicionam?

Todos nós temos uma forma própria de olhar e de interpretar aquilo que está à nossa volta. Graças aos valores e experiências de vida que temos, utilizamos as nossas “lentes” para ver o mundo e cada situação que nele ocorre. Podemos não ter consciência disso, mas as nossas lentes condicionam a nossa realidade e isso torna-as limitadas e enviesantes da análise que possibilitam.

 

Assim sendo, esta maneira de ver as situações condiciona as nossas ações e isto deve-se ao facto de existirem crenças limitadoras que tomamos como certas.

As crenças são formadas a partir da perceção que temos do mundo, acabando por se tornar na nossa realidade. Podem impulsionar-nos a agir/a ir mais além, ou, por outro lado, paralisar-nos. Acreditamos tanto em algo que ficamos presos a essa visão que temos da realidade, acabando por não a contradizer ou sequer questionar, aceitando-a como uma “verdade absoluta”, imutável.  E a questão pode estar na palavra “imutável”! Termos verdades absolutas, faz-nos sentir seguros, mas aquilo que é verdade em determinado momento pode não se aplicar noutro e esta é a armadilha das nossas crenças. É que ao acreditarmos que o que é verdade hoje e agora o será sempre, estamos a esquecera influência das circunstâncias e de tudo o que está em constante mudança e transformação.

 

Denise Pará Diniz, coordenadora do setor de gestão de stress e qualidade de vida da Universidade Federal de São Paulo, defende que “o comportamento gira em função disso [das crenças que temos]” e que estas podem mesmo “atrapalhar a reflexão e o estímulo de capacidades.” Além disso, estas crenças limitadoras conduzem-nos para um círculo vicioso de pensamentos automáticos. Estas “lentes” pelas quais fazemos a leitura de nós mesmos e do mundo “podem ter um grau severo de distorção de imagem que confunde as nossas perceções levando-nos a interpretações muito distantes da realidade, sentimentos negativos, reações, atitudes inadequadas”, segundo a psicóloga especialista em Medicina Comportamental, Marcia Marchiori.

 

Estas crenças limitadoras acompanham-nos desde cedo na nossa vida, mas só tomamos consciência delas anos mais tarde.

É um grande desafio colocá-las em causa, até porque quando entramos em piloto automático não reparamos que estamos a proferir algo que nos condiciona e não entendemos de imediato o impacto que isso tem em nós.

Com certeza que já deu por si a dizer “Não consigo aprender isso. É muito difícil” ou “Não sou bom o suficiente a fazer isso.” ou até mesmo “Gostava, mas neste momento não tenho tempo para isso.”

Todas estas frases são limitadoras, e quando as expressamos, estamos a condicionar a nossa própria ação e evolução. O impacto que este tipo de pensamento tem em nós é imenso, até porque pensamento gera pensamento. E pensamento condiciona ação.

 

 

É tempo de dar o salto e transformar

 

Quando deixa o piloto automático de lado e toma a consciência de que se está a deixar dominar por uma determinada crença limitadora, assume as suas escolhas e decisões e percebe que pode atribuir à sua crença um novo significado e abordagem. É muito importante identificar o que o está a impedir de ir mais além, pois só assim conseguirá transformar esta crença limitadora numa crença potenciadora.

Pode começar por perguntar a si próprio o que o leva a pensar de determinada forma; o que origina esse pensamento e quais as consequências que o mesmo tem para a sua vida.

Depois disso, pode reescrever e transformar essa crença limitadora em algo positivo. Por exemplo, deixe de dizer: “Não sou bom o suficiente a fazer isso.” e dizer: “Eu ainda não faço esta coisa a 100%, mas, com o meu empenho e esforço diário, aos poucos vou-me tornando melhor a fazer.” Este poder do “e ainda” é motivacional, dá-lhe esperança e é transformador. E se passasse a incluir o poder do “ainda” sempre que reformula algo que o limita para algo que o potencia?

 

Esta transformação de limitador para potenciador dá-lhe muitas vezes o boost de confiança de que precisa para acreditar em si, nos seus sonhos e nas suas capacidades. Lembre-se da frase inspiradora de Walt Disney: “Não deixe que os seus medos tomem o lugar dos seus sonhos”, afinal de contas, “é o sonho que comanda a vida” e é bom acreditar nele e lutar pela sua concretização.

 

A melhor notícia é que a transformação depende de si, da forma como reprograma certas frases que costuma proferir em piloto automático. Esta reprogramação requer treino para que o cérebro se habitue, esqueça as crenças que outrora o limitavam e dê lugar àquelas que o permitem ir mais além.

 

Depois de ler este artigo sugerimos que reflita sobre as suas crenças que o limitam – algo como: “… não é para mim”, “não consigo…”, “toda a gente pensa assim” – e as avalie à luz do que aqui partilhamos consigo. Depois reescreva-as de modo que sejam impulsionadoras de ação e alavanquem transformação. Não se esqueça do poder do ainda! Depois, veja as diferenças e quanto o muito da mudança que quer ver no mundo depende de si.

Seja Feliz, faça por isso!

Autorevelações com Eneagrama da Personalidade

Recentemente muito se fala de Eneagrama, como ferramenta de autoconhecimento, em especial do Eneagrama da personalidade. Para alguns ainda desconhecido – “Eneagrama”, para outros autorevelação.

Eneagrama significa – figura de nove. Simples, sem dúvida!

Eneagrama

 

Autorevelações

É verdadeiramente incrível como o conhecimento milenar que está representado nesta figura me explica, potencia, ensina e revela.

Quanto mais sei, mais quero saber, de mim e deste conhecimento sobre mim e sobre a humanidade que existe em cada pessoa. Essa humanidade que está representada em cada um dos pontos e linhas desta figura.

Denominado Eneagrama da Personalidade, as suas linhas simbolizam movimento no sentido de não estagnação.

O Eneagrama ensinou-me a aceitar sem julgar

A descoberta da nossa personalidade pode não ser fácil, a minha não foi, pois no primeiro impacto não a quis aceitar mas, com auto observação e curiosidade fui fazendo o meu caminho. Hoje, reconheço que ter perseverança e continuar a querer saber mais de mim permite em muitos momentos da minha vida entender onde os processos/ mecanismos/ pilares base da minha personalidade estão presentes e determinam os meus comportamentos.

A questão é que, muito do que somos, não nos é claro, ou seja, não está na esfera da nossa consciência pois é constituído por uma compilação muito rica de emoções, sentimentos, perceções, traumas e crenças que ao longo dos anos ficaram registados no nosso inconsciente. O pior é que tudo isto não está arrumadinho sem efeitos, pelo contrário, interfere momento a momento no nosso comportamento, influenciando a nossa ação, escolhas e decisões. O Eneagrama ensinou-me a aceitar isso melhor, sem julgar. Como me ensinou ainda a ter maior consciência do meu comportamento identificando a sua origem, ou melhor, as minhas motivações.

Depois de me perceber e aceitar, consigo então escolher fazer diferente e a isso chamo transformação.

Aprendi que tudo o que eu sinto, é meu, vem do meu interior! Eu sou a protagonista e construtora de mim mesmo!

O eneagrama ao descrever as nove personalidades, revela as motivações e mecanismos padrão por nós desenvolvidos para conseguirmos lidar com a realidade do dia a dia, em especial na nossa relação com as outras pessoas, desde a nossa mais tenra idade.

Para mim uma das melhores aprendizagens conseguidas e difíceis de assumir é identificar o que me é dado a conhecer quando a vida insiste em me pôr em contacto com o que me magoa profundamente. Sei, no entanto que será assim enquanto eu não assumir, agora com uma consciência adulta, revisitar esses fatores e resignificá-los. Aprendi com tudo isto que tudo o que eu sinto, é meu, vem do meu interior! Eu sou a protagonista e construtora de mim mesmo!

A figura de nove e o seu conhecimento, expresso nas suas três leis, nos seus três centros de inteligência, nas suas diversas tríades, ao mesmo tempo que nos revela, também nos mostra caminhos de libertação. Pistas concretas para nos libertarmos das amarras e limitações da nossa personalidade, apresentando caminhos de crescimento e desenvolvimento.

Ao estudar e conhecer o eneagrama percebi quanto a minha personalidade me limita e asfixia, mas também aprendi e percebi que essa mesma personalidade me dá competências e capacidades para viver com qualidade na relação com todos as outras pessoas que me rodeiam e seus respetivos “egos”. Sim, no quotidiano, as pessoas têm tendência a viver no Ego ou muito viradas para o seu “eu” em defesa das suas personalidades, e essa é a realidade em que todos estamos inseridos. No entanto a grande revelação é reconhecer que a diferença acontece quando consigo saber isso e identificar quanto este conhecimento influencia as minhas escolhas.

Ganhar a competência de conseguir escolher com conhecimento e consciência

Quando evoluo e me desenvolvo, deixo de ter os comportamentos anteriores?

– Na verdade, não. Mas há mudanças, mesmo que o comportamento se volte a manifestar, pode assumir outra forma ou outra intensidade, mas acima de tudo deixa de ser tão permanente. Acredito que nenhum de nós deixa de demonstrar frequentemente a personalidade, e conhecê-la por si só não nos faz melhores pessoas.

No entanto, posso ganhar a competência de conseguir escolher com conhecimento e consciência qual a versão de mim que me é mais necessária face ao momento e situação. Isso passa por usar as habilidades da personalidade e instintos ou viver na melhor versão de mim mesmo. Assumir ter uma missão de vida com uma tarefa e lugar no mundo que só eu posso concretizar. Assim assumindo mais Ser, contribuir para a plenitude do Mundo, considerando aqui todas as suas dimensões: Humanidade, Natureza e Transcendência.

Hoje sei que não sou a minha personalidade, no entanto, sei que tenho uma personalidade que atua a par e passo com o meu Ser e que o pode abafar ou esconder, se ganhar excessiva presença em mim.

O desafio para ser feliz é encontrar o justo equilíbrio entre as diversas partes de mim, que me fazem ser quem sou.

Discernir o que é agir pela personalidade ou agir pela essência do Ser.

Conhecer o Eneagrama foi para mim, um ponto de viragem. Momento a partir do qual eu ganhei a responsabilidade da escolha de quem quero ser. Vejo a sua concretização nas perspetivas e valorizações que faço na escolha do meu agir, dia a dia.

Hoje, com alguns anos de caminhada consciente e aprofundamento permanente, consigo discernir melhor o que é agir pela personalidade ou agir pela essência do Ser.

A minha personalidade é a capa de defesa do diamante que tenho dentro de mim. Este diamante precisa continuar a brilhar, a cintilar, a manifestar-se, para que não me esqueça que ele existe. Para que isso aconteça precisa ser protegido. Ele sou EU! Ele é o melhor de mim!

A abordagem ao Eneagrama com que me identifico vem do IESH – Instituto eneagrama Shalom, do qual faço parte, permite-me perceber quanto é importante iniciar por identificar a personalidade (são nove) pela autodescoberta. Aprofundar esse conhecimento pela identificação do nosso subtipo (são vinte e sete).  Conhecer os nossos instintos e iniciar a jornada da descoberta do melhor de nós, a nossa essência. Estes são os pilares base de todo o processo. Caminho que enquanto percorremos nos possibilita aceder à quota parte da transcendência que existe em nós. A partir daqui, fica o prazer de descobrir todos os dias a gratidão de estar em conexão com a natureza, com todos os outros seres e Universo, em Amor e… também aí experimentar Deus.

Não deixando de ser humana, imperfeita, ganho a capacidade de me conectar com o meu interior e experimentar viver integrando espiritualidade no meu dia a dia, fazendo escolhas conscientes. Este é o meu desafio de vida.

Eneagrama e a minha Missão de Vida

Tenho uma missão na vida a concretizar, divulgar este conhecimento a todos os que o queiram aprender e integrar.

O Eneagrama ensinou-me um caminho que sei que só estará terminado no dia em que fechar definitivamente os olhos e o meu coração deixar de bater. Até lá, tenho uma missão a concretizar na vida.

Tenho escrito no meu propósito de vida: “Em liberdade e entrega completa, desafio-me a ultrapassar limites e crenças para ser um instrumento daquilo em que acredito plenamente. Fazer isto, usando a minha sensibilidade e capacidade de entender o outro para ir ao âmago e ser instrumento de algo mais poderoso, transbordando a minha energia, em Amor…”

Partilhar este conhecimento está em total sintonia com este propósito. Faço-o com todas as minhas limitações, humanidade, conhecimento, paixão pelas pessoas e pela vida, acreditando que a vida é para ser vivida com Plenitude.

Se me perguntam o que é o Eneagrama, digo que é a porta pela qual obtive resposta às perguntas: QUEM SOU EU? e EXISTO PARA QUÊ?

Hoje tenho a minha própria resposta para estas questões. Elas são pontos cardiais nas minhas escolhas conscientes dia a dia, e muito mudou em mim. Estas questões são o que me inspira a contribuir para excelentes resultados em cada um que queira conhecer-se melhor e integrar esta vivência.

Ana Sousa

Sabe mais sobre o próximo curso de Eneagrama 

Ser na realidade a própria referência

Numa realidade como a que vivemos onde a referência instalada é a incerteza, o receio pelo desconhecido, a tendência é retrair. Até porque todo o ambiente exterior a tal convida. Há, no entanto, outros referenciais e opções que em vez de retrair e ser reativo nos fortificam. Aqui estão três desses referenciais: autoconhecimento, curiosidade e conexão.

No meu interior está o melhor de mim!

Autoconhecimento:

 

Autoconhecimento

Virar para dentro, conhecer as minhas forças e habilidades, assim como enfrentar os meus fantasmas e debilidades. E ainda, compreender as motivações impulsionadoras da minha ação, conhecer o que existe em mim, fortifica-me. Dá-me consciência da minha influência. Afinal não é o que me rodeia que me faz reagir face à realidade, mas sim a minha forma de sentir, pensar e agir. A minha ação e interpretação da realidade, são reflexo do meu interior. É daí que tudo vem. No meu interior está o melhor de mim!

Ao conhecer e perceber esta dimensão estamos mais habilitados a lidar com o desconhecido aplicando o melhor de nós, encontrando novas perspetivas para além do medo que nos provoca e paralisa.

Curiosidade

Todos já assumimos que a nossa realidade dia a dia será diferente do que era até 2020.

Esta mudança tem de novo, a rapidez e a imposição com que se apresenta, fazendo com que que ainda hoje continuemos a não entender que “novo” é esse. Sabemos, no entanto, que existe porque o sentimos e vivemos como novo, e disso todos temos clareza. O que sabemos e o que conseguimos explicar nem sempre é o mesmo, e a curiosidade é o que nos leva a conhecer mais.

Agora, é preciso fazermos perguntas para as quais não temos resposta, procurar saber mais, para entender este novo, dissecá-lo, experimentá-lo, desafiá-lo com novas premissas. Isso exige da nossa parte, abertura e curiosidade. Acima de tudo precisamos de largar as certezas que nos transportam para o que era e nos limitam a entender o “novo”, o que agora é.

Desapegar destas certezas é abrirmo-nos à curiosidade.

Desta curiosidade surge uma atitude inovadora, criativa, capaz de encontrar soluções para os novos desafios. Sabendo que estes desafios, mesmo sendo idênticos aos que já tínhamos, são novos, por estarem num novo ambiente, por terem novos fatores de contexto.

Conexão:

Nenhum de nós está só e isolado no mundo, mesmo que se sinta como tal.

Todos nós podemos e precisamos estabelecer conexão com outros e com outras realidades diferentes da nossa. Não é com banalidades, mas antes criando oportunidades de partilhar o que sentimos, receamos, desejamos e pensamos. E além disso, conseguir rir e descontrair face ao que somos e nos rodeia.

Esta conexão pode também ser com o nosso interior, e podemos fazê-lo escrevendo, meditando, dialogando connosco próprios ou com outras pessoas, integrando outras perspetivas e abrindo horizontes.

O importante é conectar para com isso ganharmos a possibilidade de identificar o que realmente queremos e desejamos. Sendo esta uma referência fundamental da nossa tomada de decisão consciente.

Com autoconhecimento, curiosidade e conexão estaremos mais capacitados para lidar com as possibilidades que a realidade traz dia a dia, assumindo tudo o que de bom acontece, no aqui e agora.

A escolha é minha e é tua!

Isto é, decidir agir e influenciar como me quero sentir interiormente. Robustecidos com a perspetiva e esperança de encontrar soluções à medida, ganhamos tranquilidade e serenidade interior. Fatores estes que alimentam o olhar curioso que dá leveza à realidade.

O nosso cérebro faz escolhas regularmente, mesmo constantemente. No entanto, tendo por base os três referenciais, podemos mudar as nossas escolhas tornando-as criativas, conectadas e alinhadas com a construção do futuro que queremos.

O que tem isto a ver com a escolha automática atual que é dominada pelo medo enquanto emoção presente e mais forte que todas as outras?

Queres ganhar as rédeas ao teu futuro e à tua vida? Então investe em ti mesmo! Desenvolve a curiosidade e mantém conexão contigo próprio e com os outros, momento a momento, no agora, agarrando e concretizando as oportunidades que vislumbres possíveis.

Steve Jobs dizia: “Pessoas criativas são aquelas capazes de conectar experiências que tiveram no passado para criar algo totalmente novo.”

Curso Eneagrama

Teletrabalho: Como estão as relações lá por casa?

Menos privados uns dos outros…

Estamos em teletrabalho, todos em casa mais tempo e ao mesmo tempo. Movemos-nos com maior frequência nos espaços comuns, ou estamos cada vez menos privados uns dos outros.  Agora precisamos partilhar os mesmos utensílios, de lazer e de trabalho, a largura de banda (afinal não é tão larga assim!), e até o ar que nos rodeia, saturado de odores, sons, temperaturas, vivências de uns e outros, tudo parece fazer-nos cócegas, incomodar, apertar, tirar o ar. O autodomínio que tínhamos, o ‘deixa para lá’, ‘oh pá vou ali e já volto’, ‘não ligues’ parece começar a abandonar-nos.

Com a sensibilidade à flor da pele e a irritabilidade a fervilhar nas entranhas, tornamo-nos mais permeáveis ao comportamento do outro. Vêm então ao de cima as esquisitices, as picuinhas, as generalizações, os exageros, o ‘é sempre a mesma coisa’, ‘parece que nunca aprende’, ‘só quer saber dele’, o ‘não faltava mais nada, querem lá ver!’.

E estas coisas que os psicólogos chamam de viés ou distorções cognitivas, que tão arduamente fomos enterrando, com aulas de inteligência emocional e gestão de conflitos, práticas de mindfulness e coaching, começam a aflorar, e a querer florescer, como ervas daninhas depois de uma chuvada de primavera.

teletrabalho

Apetece gritar, dizer dois ou três disparates, e com que consequências?

E depois só apetece gritar, dizer dois ou três disparates, bater com a porta, ir passear o cão que não temos, sair para a rua, ter de voltar para trás porque nos esquecemos da máscara, e sentirmo-nos injustiçados e culpados, justificados e exagerados.

Então, depois de duas voltas ao quarteirão, a emoção sob controle, preparamo-nos para voltar. E interrogamo-nos:

  • Como quero comunicar o que estou a sentir, o que me está a incomodar?
  • Que pedido preciso fazer?
  • Como posso chamar a atenção sem magoar?
  • Como posso aproveitar esta oportunidade de estar mais presente na vida de quem amo para os ajudar a crescer, a desenvolver?
  • Mas como o faço sem gerar resistência, hostilidade, frustração?
  • Como comunico de modo a criar abertura, aceitação, curiosidade, vontade de experimentar, gratidão?

Como posso chamar a atenção com gentileza e eficácia?

Uma via é recuperar da caixa de ferramentas as metodologias de dar e receber feedback, isto é, formas de elogiar e chamar a atenção com gentileza e eficácia.

Se quiser companhia, venha experimentar connosco. Pois, em apenas duas horas online, numa sessão interativa e dinâmica, partilhamos consigo um método e uma ferramenta de aplicação imediata para reavivar as suas relações pessoais e profissionais!

 

Isabel Vilhena

Executive & Team Coach

Career Advisor & Trainer

7 Ferramentas para definir prioridades

7 Ferramentas para definir prioridades para uma gestão do tempo eficaz

Num ambiente volátil, incerto, complexo e ambíguo (VUCA) somos desafiados a cada momento a tomar decisões, cujo impacto é muitas vezes imprevisível. Se as solicitações que nos chegam diariamente parecem ilimitadas, uma certeza temos: o tempo disponível é limitado. Como podemos então fazer a escolha acertada: ao que dar atenção agora, adiar para mais tarde ou simplesmente deixar cair?

Um dos 9 Passos para uma gestão do tempo flexível é a priorização. Saber definir prioridades é uma competência valiosa mas exigente, pois são diversos os fatores que temos que considerar: necessidades das partes interessadas, tempo e recursos disponíveis, urgência, impacto, risco, atratividade etc. Este reconhecimento impulsionou o desenvolvimento de diversas ferramentas com o intuito de facilitar o processo.  Escolhi 7 para partilhar consigo.

  1. Urgente/Importante
    Uma das mais conhecidas ferramentas de priorização é a matriz Urgente/Importante de Dwight D. Eisenhower (ex-Presidente dos EUA). Ajuda a diferenciar o que é importante, i.é,  tarefas que contribuem para o alcance dos resultados,  do que é urgente e necessita de ação imediata.

definir prioridades

Segundo Stephen Covey, autor do best-seller Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, devíamos concentrar 80% do nosso tempo e recursos no que é Importante e Não Urgente, sendo que o restante tempo seria ocupado com as crises – assuntos urgentes e importantes. As restantes categorias não deveriam merecer da nossa parte qualquer atenção.

2. Princípio 80/20

O princípio de Pareto – 80% das consequências advêm de 20% das causas – é comummente usado para ilustrar a tendência de que a maioria dos resultados que obtemos advém de 20% das tarefas, recursos ou esforços realizados. O desafio reside em determinar em que consistem esses 20%.

definir prioridades

Podemos usar um diagrama de Pareto, um gráfico de colunas que ordena as frequências das ocorrências, da maior para a menor, para priorizar as situações em análise, e perceber quais das nossas ações nos permitem ser mais eficientes e eficazes, i. é, alcançar os resultados pretendidos com menos esforços. Para tal precisamos ter um histórico de dados em que basear a nossa análise.

3. Matriz Impacto vs Esforço

A matriz impacto versus esforço compara o valor de uma tarefa com o esforço despendido para a executar. Atividades de baixo esforço mas com um retorno elevado ocupam os primeiros lugares na lista de prioridades, seguidas de perto por projetos com elevado valor mas  mais exigentes (estrelas). Esta análise pode basear-se numa estimativa subjetiva do valor ou numa avaliação mais rigorosa, recorrendo, por exemplo, a uma análise custo-benefício que inclua dados financeiros, económicos, de risco e sensibilidade.

definir prioridades

À semelhança do que acontece na matriz urgente/importante, o foco deve ser colocado nas tarefas localizadas nos quadrantes superiores. Nas restantes categorias encontram-se atividades que podemos delegar ou fazer outsourcing, eliminar ou relegar para a lista “Talvez um dia…”.

4. Priorização em equipa

Em contexto de equipa é uma boa prática envolver os seus membros na definição de prioridades. Cada elemento identifica 3 prioridades e as mais sugeridas são debatidas e ordenadas. Se for necessário, após obter a lista com todas as prioridades, dar a possibilidade aos membros da equipa de votarem nas suas preferências. Podem ser distribuídos 3 votos a cada pessoa que os distribui como pretender pelas ações que considerar mais relevantes.

Assim serão consideradas diferentes perspetivas, todos poderão contribuir e chegar a uma lista mais consensual, elevando o compromisso e a responsabilidade coletiva.

5. ABCDE

Quando as tarefas são complexas e parecem ter o mesmo nível de importância, podemos utilizar o  método ABCDE de Brian Tracy que, em vez de manter todas as tarefas num único nível de prioridade, oferece dois ou mais níveis para cada tarefa. O objetivo é olhar com mais atenção para cada tarefa e facilitar a clarificação do seu nível de prioridade.

definir prioridades

Comece por identificar as atividades que quer priorizar, agrupe-as por grau de importância,  atribuindo a letra A às de importância muito elevada, a letra B às Importantes, a C às de importância média, e assim sucessivamente até E. De seguida, dentro de cada grupo, disponho-as pela ordem em que as vai executar.

6. Comparação por pares

Partindo de uma lista de prioridades, e caso tenha dificuldade em decidir por onde começar, pode comparar uma prioridade com todas as outras, perguntando-se: se só pudesse escolher uma, qual seria? Esta análise é útil quando os fatores de avaliação são subjetivos ou inconsistentes. De certo modo põe à prova as nossas preferências iniciais, desafiando a nossa intuição e raciocínio.

Comparação por pares

7. Matriz de Decisão

Se pretender uma análise mais aprofundada, identifique um conjunto de critérios, podendo equilibrar fatores objetivos e subjetivos, e componha uma matriz de decisão.

Matriz de Decisão

Pode atribuir pesos diferentes a cada critério, multiplicando-os pela classificação que atribuir a cada fator. A atividade que reunir mais pontos é a prioritária.

Em síntese

Qualquer processo de priorização inicia-se com a definição objetiva e quantificada dos resultados que se pretende alcançar numa determinada área de atividade, seja ela do âmbito pessoal ou profissional. Quanto mais claro for para si o que pretende atingir, mais fácil será definir as ações prioritárias que lhe possibilitarão ser bem-sucedido. No entanto, se ainda não está seguro, a utilização destas ferramentas de priorização também pode facilitar a clarificação dos resultados, porque vão levá-lo a equacionar o que pretende alcançar a partir de diferentes perspetivas, fatores e critérios. E não se esqueça de ser realista com a quantidade de tarefas que pode executar e flexível com os desafios que se atravessarem no seu caminho.

Se quer aprender e experimentar connosco, veja as oportunidades que temos para si!

Isabel Vilhena
Executive & Team Coach, Senior Consultant & Trainer

 

 

 

Eneagrama – muito mais que um teste de personalidade!

Com tudo o que nos rodeia e sentimos nos últimos meses, surgem-nos inquietações e questões mais profundas como:

  • Quem sou eu? “Eu” como pessoa?
  • O que fazer com tudo isto que sinto?
  • Como lidar com tudo o que acontece dentro e fora de mim?
  • Qual a minha missão neste mundo?

Com estas e tantas outras perguntas, iniciamos a nossa procura por mais autoconhecimento. Entre diversas possíveis abordagens, um amigo fala-nos do eneagrama e do seu potencial. Curiosos com o tema, vamos pesquisar na net e o que surge de imediato na pesquisa de  “ENEAGRAMA” é … teste.

Será a realização de um teste, a forma mais adequada para ser o primeiro contacto com o Eneagrama?

A procura por respostas rápidas, mesmo para questões mais profundas, é tentadora. No entanto, será essa a abordagem que melhor nos satisfaz nos resultados que gera?

Já há testes que têm validade, sim, mas não recomendo que este seja o primeiro contacto com o eneagrama, pois na minha opinião, tal desvirtua o próprio eneagrama se o reduzirmos a um teste de personalidade. O eneagrama é muito mais que isso, pois é um conhecimento milenar, simples e profundo que possibilita a cada um de nós:

  • encontrar-se consigo próprio, acolhendo quem é;
  • ganhar compaixão por si e pelos outros;
  • aumentar a sua consciência facilitando a sua transformação e desenvolvimento pessoal;
  • descobrir e potenciar o melhor de si;
  • reforçar a interação e equilíbrio dos quatro pilares humanos fundamentais: corpo, mente, emoção e espiritualidade, sendo que espriritualidade nada tem a ver com religião ou exoterismo.

enegrama

20 anos de aprofundamento com o eneagrama

Na minha experiência de mais de 20 anos de aprofundamento com o eneagrama, vi pessoas ficarem muito tristes ou desoladas com a personalidade que um teste lhes indica, chegando a negar esse mesmo resultado. Ou pior que isso, ficarem muito satisfeitas porque a sua personalidade “não é uma das piores” –  como se houvesse personalidades melhores ou piores! Parece-me importante referir que, na tradição e conhecimento do eneagrama, todas as personalidades são diferentes e que nenhuma é melhor ou pior. Também percebi que as pessoas ficam sem saber para que lhes serve na realidade serem “rotuladas” com um dos 9 tipos de personalidade existentes. Este aspeto da rotulagem ou esteriotipagem levanta muitas questões que advêm do uso indevido do conhecimento e não do próprio conhecimento.

Presenciar a descoberta interior de cada um, ao se confrontar ele mesmo com o conhecimento milenar que compõe a tradição do eneagrama com a sua realidade humana, dia a dia da sua vida concreta, é fantástico.

É realmente fascinante:

  • Presenciar a autodescoberta de cada um.
  • Encontrar clareza na forma como cada um também encontra o melhor de si próprio
  • Perceber como consegue vislumbrar o melhor daqueles que mais conhece nos seus relacionamentos.

E tudo isto não deve ser negado a ninguém fazendo um teste.

Frequentemente tenho ouvido: – “é incrível a sensação de me ir encontrando nas palavras que leio ou oiço na descrição do meu tipo” . Como perceberá, isto faz toda a diferença na aceitação que fazemos de nós próprios.

Esta questão da rotulagem pode acontecer por dois frequentes maus hábitos

O primeiro é o próprio se limitar a fazer um teste de eneagrama e pensar que descobriu sobre si tudo o que o eneagrama tinha para lhe proporcionar de descoberta e tomada de consciência. O segundo mau hábito, advém de pessoas e organizações que já fizeram as etapas iniciais acharem que podem identificar os outros facilmente, esteriotipando a observação dos comportamentos alheios e reduzindo a riqueza humana de cada ser à descrição da sua personalidade. Na verdade cada um de nós para além da sua personalidade tem a sua própria experiência e essência. O eneagrama propõe-nos integrar todos estes conhecimentos e demonstra-nos que o próprio é quem realmente conhece as motivações interiores que originam os seus comportamentos não sendo correto terceiros, só pela observação dos comportamentos, rotularem os outros como que os reduzindo a uma descrição.

No Iesh – Instituto eneagrama Shalom do qual sou facilitadora e membro ativo, defendemos a ideia de que este valioso conhecimento deve ser usado com ética para desenvolver compaixão pelos outros, entendo as suas diferenças face a nós próprios e aceitando a humanidade de cada um com tudo o que isso tem de fantástico mas também de incómodo, como fonte de transformação e crescimento em confronto com a rotulagem, que demonstra incapacidade de mudança e predeterninismo.

O eneagrama ensina que há motivações diferentes para iguais comportamentos, sendo este outro dos fatores que me leva á recomendação de ser o próprio a identificar-se e não um teste ou uma terceira pessoa. Mesmo havendo engano nessa identificação, ela corresponde a um processo precioso e único de auto análise e auto observação que é riquíssimo e recomendável.

ENEAGRAMA

Se não pelos testes, como recomendo que seja feita a primeira abordagem a este conhecimento?

Acredito e considero que de facto existem outras abordagens, mais demoradas mas muito mais ricas, na forma de identificação do eneatipo de cada pessoa.

A identificação do nosso eneatipo é sem dúvida uma abordagem essencial e inicial que possibilta depois o acesso a outros conceitos até muito mais relevantes para nós enquanto indivíduos. Mas é bom iniciarmos por aí. No entanto, a riqueza e profundidade da nossa experiência de autoconhecimento é alvo de escolha individual. Essa é a minha motivação em escrever este artigo, trazer-lhe a minha perspetiva, para mais abrangência da sua tomada de decisão.

Não há eneatipos bons e outros maus, simplesmente são todos diferentes

A possibilidade de experienciar a percepção, mesmo que inicial, de como os nossos comportamentos fazem sentido porque são expressão de motivações interiores fortes e profundas deve ser possível e acessível a todos, por isso existem bons livros e cursos de iniciação que o possibilitam. Desta forma, conseguimos sem julgamento entender que não há eneatipos bons e outros maus, simplesmente são todos diferentes e até pedagógicos uns para os outros. Integrando vivências, entramos com maior profundidade neste caminho de crescimento interior que o eneagrama possibilita a quem o queira conhecer. Além de que isso permite também desenvolvermo-nos com respeito pela tradição e acima de tudo com respeito por nós próprios como pessoa humana.

Após algum conhecimento deste saber, fazer um teste para validar toda a nossa auto observação e autoconhecimento pode ser muito interessante. Fazer um teste, antes de ser desenvolvido em nós o conhecimento suficiente que permite saber aceitar como verdadeiro o resultado desse teste, pode levar-nos à tentação de o considerar errado. Isso, pode prejudicar ou atrasar o nosso próprio processo de crescimento e transformação consciente.

Depois de toda esta partilha, a decisão continua a ser sua, como sempre será, e desejo ter contribuido para que a sua seja mais consciente e menos impulsiva.

Ana Sousa

Executive & Team Coach, Life Coach, Facilitadora, Consultora

Managing Partner WIF Partners

 

Coaching no virtual é Possível? Claro que Sim!

É real, o dia-a-dia alterou-se muitíssimo, sentimos que para continuar a agir é preciso adaptarmo-nos e desenvolver novas abordagens e podemos dizer que… a necessidade aguça o engenho!

Coaching no virtual

Coaching no virtual

O virtual existe há muito tempo, como alternativa nas áreas do comportamento; hoje é uma necessidade que gera disrupção com o passado. Na realidade, o virtual com aplicação das técnicas adequadas, só é diferente enquanto não ganharmos o hábito; depois passa a ser natural. Todos sabemos que as emoções e as sensações também se passam pelo telefone, e se lhe associarmos a imagem, melhor! O virtual é uma excelente opção e pode produzir resultados semelhantes, sabemo-lo das experiências em que a distância o exige. Será esta questão da aplicabilidade do virtual mais uma crença a ser mudada? Neste tempo de forte incerteza, onde sabemos que o que foi válido no passado não garante o futuro, na WIF Partners acreditamos que o coaching é um processo muito útil, e porquê?

• Foca-se no futuro e sua construção, tendo por base o melhor das pessoas, e tem como objetivo alcançar resultados extraordinários.
• É adequado quando o cliente tem em si, ou ao seu dispor, os recursos que precisa para discernir e concretizar a sua solução, elementos que o levam a ganhar coragem para a concretizar etapa a etapa e assim alcançar resultados extraordinários (os que vão para além do seu habitual ou comum).

Como pilares fundamentais do coaching vemos:

O FUTURO – Do passado, apenas retira as aprendizagens aplicáveis ao futuro. A visão deste futuro ganha força ao ser vislumbrado e clarificado no imaginário do cliente.

É o fortalecer do querer interior que revela capacidades, caminhos possíveis, soluções para que o cliente consiga concretizar a sua visão. Alcançar clareza ou tomada de consciência (em coaching – o momento “Ahah!”) é um PROCESSO – amadurecimento que leva a descobrir/ entender as suas capacidades, opções e crenças que lhe permitirão alcançar os resultados a que se propõe. Este processo é sempre da responsabilidade do cliente, sendo o coach um facilitador. O coach escolhe as ferramentas que entende serem mais úteis no processo. O cliente faz o seu percurso, agindo passo a passo na direção que ele próprio definiu.

FERRAMENTAS – permitem que o cliente progrida no seu processo de descoberta, de compromisso e de transformação. Podem ser: perguntas; dinâmicas; exercícios; silêncio; espaço seguro para estar e ser, sem julgamento ou crítica; espaço para criar, imaginar, deixar fluir… serão tudo o que, com total respeito pelo cliente, permita que este vá dentro de si e se conheça melhor, aprofunde e entenda, se conecte com o seu propósito, se desenvolva e encontre a sua solução, aquela que consegue concretizar com o melhor de si, aquela em que tem confiança para agir focado em resultados.

CONCRETIZAR – é preciso implementar um plano, uma estratégia para a solução. Essa solução tem etapas evolutivas, precisa de resiliência, permite aprendizagem, análise de resultados parciais e correções ao plano de ação inicial, para alcançar a visão do futuro que o cliente quer alcançar. A facilitação do coach, que está presente (mesmo que online), torna o processo mais rápido e fonte de aprendizagem consciente.

AUTONOMIA – Depois de se experienciar e saber muito mais sobre si próprio, conhecer as suas forças e dificuldades, como as superar, transpor ou transformar, será o momento do cliente ganhar autonomia e terminar o processo, prosseguindo em
harmonia consigo próprio.

Coaching no virtual

Coaching no virtual

Coaching no virtual

Perguntar-se-á, tudo isto é possível no virtual? Sim, pois os homens têm a capacidade de se comunicar e conectar de variadas formas e têm uma enorme capacidade de criar e desenvolver-se quando querem. A questão é – O que quer que aconteça? O desafio que lhe fazemos é que se proponha a ir muito mais além, ir às profundezas do ser e sem limites identificar qual é o seu querer, o para quê da sua ação, o seu propósito, o seu rumo na construção da sua visão de futuro.

Quando se ganha esta dimensão, já não há limites tecnológicos, há humanidade, presença e conexão que permitem fluir, conscientizar e atuar com foco em resultados.

Se acredita que isso lhe pode facilitar um reencontro com a esperança, fortalecer resiliência, ou conhecer o melhor de si, experimente! Escolha um coach e experimente!

Acreditamos que encontrará aceleração no seu próprio processo, maior profundidade do que obteria numa análise e processo sozinho. O que poderá perder ou ganhar com essa experiência?

Por Ana Sousa, Executive Coach e Managing Partner da WIF Partners

Fonte: Lidermagazine

 

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