Blog – WIF Partners

Que caminhos percorrer para ser Feliz?

Muito se tem escrito sobre Felicidade e se, é possível sermos real e consistentemente pessoas felizes.

Este é um tema difícil, mas sinto que isso passa muito por raramente se falar das virtudes, daquilo que nos faz sentir brilho interior. Reconhecermos, ou identificarmos em nós este brilho, esta alegria de viver, esta força que nos vem de dentro, o que que nos faz sentir – “pessoas felizes”, acontece por autoconhecimento. Só quando estamos treinados a viajar ao nosso interior e dar nome ao que lá se passa é que conseguimos ver e perceber que aí também existem elementos muito bons que nos dão muita alegria e satisfação. A isto eu chamo “brilho interior”.

Esta felicidade, esta força, ninguém nos consegue retirar, anular ou reduzir, pois só nós próprios temos a chave para este nosso cofre – o nosso interior.

O que nos rodeia, o que nos pode intoxicar, na verdade só tem esse poder se nós permitirmos e se nós dermos autorização para penetrar e atuar em nós.

Dir-me-á: – Não sei se, será mesmo assim! Sei que é muito difícil assumi-lo e entendê-lo. Frequentemente temos tendência para nos desculparmos ou reduzirmos o nosso contributo ao deixarmos que o que nos acontece de mal, ou externamente, nos afete interiormente. Acredito que todos nós temos escolhas. No entanto, quando não temos noção ou consciência das nossas escolhas, é como se não existissem.

Como posso então identificar as escolhas que me fazem feliz?

Aí estamos a falar de sabedoria, de autoconhecimento, de ganho de consciência das nossas crenças, motivações, traumas e virtudes. Assumir o que há de muito bom e especial em nós é tão difícil de identificar quanto o que nos é menos agradável – os nossos defeitos. Acima de tudo é importante aceitarmos o que somos e entender as motivações que nos fazem agir como agimos. Conhecer isto ajuda muito a entendermos e a sentirmos compaixão por nós mesmos. Aceitarmos a nossa realidade é fundamental para nos transformarmos. Se andarmos a lutar contra nós mesmos, não conseguiremos mudar nada, pois gastamos toda a nossa energia em nada fazer acontecer.

QuanO que saber para ser Feliz!do conseguimos identificar, aceitar e depois querer fazer diferente, sentimos então a vontade de experimentar o novo e isso leva à transformação. Para que esta mudança esteja orientada ao caminho da nossa felicidade, é fundamental que consigamos frequentemente entrar em contacto com as nossas virtudes.

São elas que nos dão satisfação interior, que nos fazem sentir realizados, que nos revelam o nosso brilho interior. À luz do Eneagrama são exemplo de virtudes:

 

–  o desapego, como largar o que já não me é útil, seja emoção, pensamento ou coisas materiais – quem já experimentou dar o que tem a quem precisa mais sabe que a gratidão que gera é muito gratificante;

– a caridade, no sentido de estar disponível para cuidar;

– a serenidade, ou seja, lidar com as adversidades com paz interior;

– a veracidade, perceber e valorizar o que é verdadeiro e autentico;

–  o equilíbrio emocional;

– a valorização de nós mesmos e dos outros;

– a humildade que possibilita estar disponíveis para o que seja necessário;

– a perseverança, a capacidade de ultrapassar dificuldades insistindo no agir que sabemos nos vai levar a bom porto e a resultados que nos deixam felizes;

– a inocência, que nos retira a necessidade de tudo controlar;

– a coragem, como capacidade de agir guiados pela voz do coração.

 

Então, em vez de nos prepararmos ou reagirmos em luta contra nós próprios ou contra “outros”, importa descobrirmos que a Felicidade vem de dentro de nós, da nossa capacidade e treino de escolhermos entrar em contacto com as nossas virtudes e aptidões, aplicando-as no dia a dia, colocando-as ao serviço de quem delas precisar. E isto é um processo de aprendizagem, experimentação, desenvolvimento e acima de tudo, transformação saudável e consistente.

Eu dou suporte a este meu processo através do conhecimento que o Eneagrama me traz, e sinto-me uma pessoa Feliz. Qual o caminho ou processo já iniciado por si? A nossa vida é uma só, e vale a pena ser vivida com felicidade interior.

 

Ana Sousa

Executive & Team Coach, Life Coach, Facilitadora, Consultora

Managing Partner WIF Partners

Razões para não haver reforço positivo

Acreditamos que todos sabemos que o reforço positivo é bom e muito contribui para que os colaboradores se sintam realizados e motivados. No entanto continua a ser difícil encontrarmos pessoas que nos dizem receber do seu líder reforço positivo regularmente… Porque será? Não há dúvida de que os líderes desempenham um papel fundamental na motivação dos membros da equipa e na promoção de um ambiente de trabalho positivo. No entanto, muitos líderes hesitam muitas vezes em dar um reforço positivo aos seus colaboradores, mesmo quando o merecem. Vejamos as razões que podem impedir o feedback positivo:

Os líderes receiam ser acusados de terem favoritos – Quando alguém se destaca na equipa e merece frequentemente reforço positivo, pode surgir o receio de que elogiar e recompensar frequentemente este colaborador, possa ser visto como favoritismo, prejudicando a moral da equipa e criando um ambiente de trabalho negativo. Importa pensar nas consequencias deste receio:

  1. A pessoa que se destaca pela positiva se não se sentir reconhecida poderá procurar outra equipa onde se sinta bem, e a atual equipa perde um bom elemento.
  2. As outras pessoas também reconhecem o valor do colega e ao perceberem que não é valorizado retiram como conclusão que não vale a pena esforçarem-se e serem bons, pois para o líder são e serão sempre todos iguais.

O ambiente de exigência sem reconhecimento leva a uma falta de motivação e a uma diminuição na produtividade na equipa. E o que era uma boa intenção do Líder em não ter favoritos pode ser uma causa clara da desmotivação e fraca produtividade da equipa.

Os líderes podem não se sentir próximos o suficiente dos colaboradores para dar um feedback de reforço positivo – O reforço positivo passa pela atitude de salientar o que de bom se faz no desempenho regular do trabalho. Se um líder está longe ou não tem um relacionamento próximo com os membros da equipa, pode sentir-se inseguro em dar feedback positivo, pois nem sequer sabe como o fazer, dado que não vê ou tem acesso a muitas das oportunidades de reforçar positivamente a sua equipa. Ao construir uma conexão mais profunda, e uma relação mais informal terá uma melhor compreensão da realidade e terá acesso a informação que de outra forma não tem. Neste pacote de relacionamento informal terá concerteza diversas possibilidades de dar reforço positivo.

Alguns líderes podem simplesmente não se sentir confortáveis em dar um reforço positivo – A liderança frequentemente, e mesmo inconscientemente, é espelho da forma como já fomos liderados. A ausência de reforço positivo é uma constante dos estilos de liderança habituais no passado. Assim os líderes atuais  podem estar mais confortáveis em fornecer feedback de melhoria, não valorizando as conquistas e esforço das suas pessoas. Mas, cada vez mais os colaboradores sentem e verbalizam a necessidade de ser reconhecidos e sabem reconhecer e valorizar os novos estilos de liderança, procurando-os. A liderança é um dos elementos que muito influencia a perda ou a retenção de talento, pelo que o líder precisa desenvolver-se e escolher conscientemente o seu estilo de liderança, assim como adequar esse estilo às pessoas e circunstâncias em que lidera. A liderança aprende-se e treina-se!

 

Alguns líderes podem estar tão focados nos resultados e no que ainda está por fazer que não estão focados no que de bom já acontece, e que é a base do reforço positivo – Acreditam que o trabalho em si deve ser motivador o suficiente, e que “as pessoas não fazem mais do que a sua obrigação”, pelo que elogios e recompensas são desnecessários. Estão focados na operação e esquecem a sua responsabilidade em desenvolver as suas pessoas. No entanto, isso  leva a uma falta de envolvimento dos colaboradores e satisfação no trabalho, sentindo-se como autómatos e não pessoas colaborantes o que afeta claramente e negativamente o desempenho, produtividade e sucesso da equipa.

 

Alguns líderes podem nunca ter experienciado um reforço positivo – Podem ter trabalhado em ambientes onde o reconhecimento e o elogio não era utilizados, tendo como consequência a falta de entendimento do valor do reforço positivo e como fornecê-lo efetivamente à equipa. Esta falta de experiência pode fazê-los sentir-se inseguros ou desconfortáveis quando se trata de dar reforço positivo, ou talvez até não tenham ainda a consciência desta ferramenta eficaz da liderança e desenvolvimento de pessoas.

Poderá depois haver razões mais pessoais e até traços de personalidades que naturalmente usam mais ou menos esta ferramenta de desenvolvimento, pelo que é crucial construir um cultura de feedback positivo na equipa upside down e entre pares.

Há várias razões pelas quais os líderes podem hesitar em dar reforço positivo, no entanto, é fundamental que compreendam a sua importância e como este pode impactar o desempenho e satisfação profissional dos seus colaboradores.

Ao priorizarem e confiarem no poder do feedback de reforço positivo, podem criar um ambiente de trabalho harmonioso que promove a motivação, a autoestima, a autoconfiança dos colaboradores e melhor desempenho e sucesso da equipa.

Este é um tema onde apenas treinando e experienciando se consegue perceber os resultados e vantagens obtidas. Assim,  é crucial que o líder esteja focado no que a equipa faz de bem e no esforço que faz para alcançar os ambiciosos resultados ou implementar novas soluções, e esta talvez seja a mudança mais importante que o líder precisa iniciar por realizar em si mesmo.  Isso fará com que este reforço positivo seja genuíno, autêntico e sincero.

Quer iniciar a sua experiência de dar reforço positivo? Começe hoje, agora já! O que hoje já aconteceu de bom que é por si valorizado?

Ana Sousa

Executive & Team Coach, Life Coach, Facilitadora, Consultora

Managing Partner WIF Partners

Líderes Emocionalmente Inteligentes – Precisam-se!

“Tens que saber cuidar das tuas pessoas!” Se é líder, provavelmente já ouviu esta frase! E se calhar já pensou: “O que é que isto quer dizer? Não sou pai ou mãe de ninguém…”

A verdade é que continuamos todos a ser postos à prova! A incerteza, dúvida, ansiedade, continuam a ser sentimentos cada vez mais frequentes, intensos e manifestados pelas pessoas! De repente fala-se de flexibilidade, saúde mental e segurança emocional. Assuntos que eram tabu, começam a deixar de o ser – felizmente! E as organizações e as lideranças têm que se adaptar, inovar e catalizar mudanças a uma velocidade cada vez maior. As pessoas passam a estar no centro – finalmente!

São necessárias medidas e estratégias organizacionais, para desenhar novos cenários e soluções quase em tempo real, que ofereçam suporte a estas mudanças.

Cabe aos líderes absorverem eles mesmos estas mudanças, desenharem novas soluções e saberem lidar emocionalmente com elas. Precisam de as compreender, identificar o impacto e as alterações que revelam ter na sua equipa e, encontrarem o caminho para restabelecer o ambiente de confiança e clareza que é necessário numa organização.

Então, como podem os líderes fazê-lo?

É aqui que entra a grande máxima: “antes de colocares a máscara de oxigénio nos outros, coloca-a primeiro em ti!”, ou seja é fundamental que o líder possua um profundo autoconhecimento, que se “trabalhe interiormente”,  se desenvolva primeiro enquanto ser humano  e tome consciência do papel que desempenha dentro da sua equipa. No fundo, que desenvolva a sua inteligência emocional. Além disso, é importante que os líderes compreendam que estão expostos e podem ser vistos como guias emocionais pelas suas pessoas; e que, sendo as emoções contagiantes, é necessário que estes as saibam gerir. Essa capacidade advém da inteligência emocional.

Para quê desenvolver a Inteligência emocional?

 Gostamos de dizer que a inteligência emocional é a capacidade que cada ser humano tem de compreender e gerir as suas emoções e de estabelecer relacionamentos saudáveis com os outros. E que é fundamental, para lidar com cenários de mudança e incerteza e para estabelecer ambientes de segurança e estabilidade. A Inteligência Emocional aprende-se e desenvolve-se; a mudança de comportamento vai acontecendo com a tomada de consciência e treino consistente. É  crucial que as lideranças sejam emocionalmente inteligentes!

Sob a orientação de Líderes emocionalmente inteligentes as equipas:

  • Sentem-se mutuamente apoiadas;
  • Partilham ideias;
  • Estabelecem elos emocionais;
  • Tomam decisões em clima de colaboração;
  • Geram interajuda e cooperação;
  • Ganham autonomia e desenvolvem-se.

Os líderes emocionalmente inteligentes, cuidam das suas pessoas, contribuem para a segurança emocional das suas equipas e geram pessoas felizes em organizações sustentáveis.

 

E agora que esperamos ter despertado a sua curiosidade e vontade em desenvolver a sua Inteligência Emocional, poderá esta a pensar: “existem tantas abordagens para o desenvolvimento da liderança com inteligência emocional, que não sei como escolher.” A nossa recomendação é que procure uma abordagem na qual sinta adesão à sua realidade e com a qual se sinta acompanhado na sua mudança de forma consistente. Um programa misto de formação e de acompanhamento com coaching poderá ser uma excelente abordagem para si.

 

Paula Resende

Executive & Team Coach, Life Coach, Facilitadora, Consultora

Managing Partner WIF Partners

www.wif.pt

O que fazer a tanta emoção?

Rapariga a representar diversas emoções. Andrea Piacquadio (Pexels)

Pode-se dizer que a vida humana se assume como um carrossel de emoções e que estas, por sua vez, são a linguagem da alma.

As emoções são a interpretação daquilo que conseguimos sentir no nosso corpo e interferem na nossa vida e nos relacionamentos.

Somos Seres Emocionais e sentir emoções não só é normal, como importante e saudável. É graças às emoções que conseguimos atribuir significado às coisas que nos acontecem e aos momentos pelos quais passamos e essas vivências enriquecem-nos.  As emoções desempenham um papel muito importante – não só as que designamos como positivas, como também aquelas que nos perturbam.  O medo ou o nojo, por exemplo, protegem-nos na sua função mais básica de garantir a sobrevivência – se não tivéssemos nojo, comíamos qualquer coisa e isso punha em causa a nossa sobrevivência.   Elas espelham-nos a interpretação que fazemos da realidade.

 

Sinto, logo existo

Estamos permanentemente a sentir alguma coisa. As emoções acompanham-nos para todo o lado, 24 horas e sete dias por semana. Não temos forma de nos esconder delas – aliás, mesmo que fosse possível, não o deveríamos fazer. É importante que as expressemos perante aqueles que fazem parte da nossa vida diária, seja com a família, amigos ou no local de trabalho. É essencial tratarmos as nossas emoções com carinho e tirarmos tempo para as interpretarmos. E sim, saber o que queremos fazer com elas, especialmente quando são emoções que nos perturbam.

As emoções traduzem-se em vibrações de energia no nosso corpo e essa energia não deve ser reprimida. Ao sentirmos uma emoção que nos perturba e se a reprimirmos, o que acontece é que essa vibração energética se acumula dentro de nós e tem consequências ao nível físico – somatizamos essas emoções e o corpo vai adoecendo – e relacional – quem nunca deu uma resposta exagerada a uma situação?

O ideal é saber como gerir as emoções e escolher o estado emocional em que queremos estar

Deixamos-lhe a nossa sugestão de uma técnica que o vai ajudar a gerir as suas emoções:
O primeiro passo é dar um nome, identificar a emoção que está a sentir. Em que parte do corpo ela se manifesta? Depois disso, procure compreender a razão e a origem dela. Pergunte a si próprio: “porque estou a sentir isto?”; “esta emoção surge de onde?” E atribua-lhe um significado! Ao perceber o significado da emoção, pode ressignificá-la e escolher como vai agir.

Qual é a intenção positiva por trás dessa emoção? De que é que essa emoção o está a proteger? Ao perceber de que é que a emoção o protege (qual é a intenção positiva), permite-lhe aceitá-la, dar-lhe um novo significado e escolher os recursos para a gerir. Por ex.: Imagine que está numa reunião e tem que dar uma opinião. E sente vergonha. Qual a intenção positiva por trás desta emoção? Pode ser, por exemplo, protegê-lo de errar! Então pode decidir que vai arriscar e usar recursos como a respiração, a escuta ativa ou a capacidade de organizar as ideias e encontrar a coragem para arriscar e dar voz às suas ideias!

 

Da próxima vez que estiver a vivenciar uma situação de conflito que lhe está a provocar uma emoção que não deseja, pode perguntar a si mesmo: “esta emoção serve-me?” Se a resposta for não, usufrua do poder da escolha que tem dentro de si e escolha o que quer fazer nessa situação. Peça um tempo, pare, respire e depois volte, com mais calma, ao assunto que escolheu deixar por breves minutos. Questione-se acerca daquilo que está a sentir nesse estado interno (dê um nome à emoção), porque a está a sentir, como lhe pode dar um novo significado e escolha qual o recurso ao seu alcance para gerir essa situação – Empatia? Compaixão? Amor?  E escolha como vai agir! Lembre-se: ninguém tem o direito de estragar o seu dia! Mas é a si que lhe compete fazer com que isso aconteça!

 

Claro que, importa não esquecer o início deste artigo: todas as emoções são importantes! E a gestão das mesmas não passa por excluir ou reprimir aquelas que não nos agradam e que interpretamos como desconfortáveis. É facto que não devemos ser prisioneiros destas emoções, mas é crucial a procura de equilíbrio e compreensão do que é que despoleta determinada emoção em nós.

 

O filme Inside Out (Divertidamente em português) dá várias lições sobre as emoções e reforça a importância de todas elas na vida humana.

 

Sentir e mostrar emoções no local de trabalho abre espaço para a confiança e partilha

 

Uma grande parte do nosso dia é passada no local de trabalho.

Continuamos a ser pessoas no espaço laboral. Por isso mesmo, as emoções não ficam guardadas dentro da caixa à espera de que o dia de trabalho acabe. Escolha gerir as suas emoções e expressá-las, abrindo, deste modo, espaço para a partilha, sinceridade e confiança entre todos. A nossa sugestão é que o faça com respeito, por si e pelos outros.

Adeus, crenças limitadoras!

O que são Crenças?

 

Sem entrarmos em definições, podemos dizer que Crenças são opiniões fortes, que foram por nós apadrinhadas e guardadas com especial carinho. São opiniões tão fortes, que acreditamos nelas como sendo “verdades” absolutas. São fruto das nossas vivências, contextos, valores e vão-se enraizando, fazendo parte do nosso processo mental e emocional. E porquê? Porque quando surgiram em determinado momento da nossa vida, a experiência vivenciada e as perspetivas que tínhamos do momento levaram-nos a percebê-las como úteis.

Só que o mundo muda a todo o momento e as nossas crenças estáticas podem ficar desatualizadas, deixando de ser úteis e passando a ser limitantes; quando isso acontece, prendem a nossa ação e a nossa capacidade para arriscar, conhecer mais e evoluir.

 

Crenças limitadoras: de que forma nos condicionam?

Todos nós temos uma forma própria de olhar e de interpretar aquilo que está à nossa volta. Graças aos valores e experiências de vida que temos, utilizamos as nossas “lentes” para ver o mundo e cada situação que nele ocorre. Podemos não ter consciência disso, mas as nossas lentes condicionam a nossa realidade e isso torna-as limitadas e enviesantes da análise que possibilitam.

 

Assim sendo, esta maneira de ver as situações condiciona as nossas ações e isto deve-se ao facto de existirem crenças limitadoras que tomamos como certas.

As crenças são formadas a partir da perceção que temos do mundo, acabando por se tornar na nossa realidade. Podem impulsionar-nos a agir/a ir mais além, ou, por outro lado, paralisar-nos. Acreditamos tanto em algo que ficamos presos a essa visão que temos da realidade, acabando por não a contradizer ou sequer questionar, aceitando-a como uma “verdade absoluta”, imutável.  E a questão pode estar na palavra “imutável”! Termos verdades absolutas, faz-nos sentir seguros, mas aquilo que é verdade em determinado momento pode não se aplicar noutro e esta é a armadilha das nossas crenças. É que ao acreditarmos que o que é verdade hoje e agora o será sempre, estamos a esquecera influência das circunstâncias e de tudo o que está em constante mudança e transformação.

 

Denise Pará Diniz, coordenadora do setor de gestão de stress e qualidade de vida da Universidade Federal de São Paulo, defende que “o comportamento gira em função disso [das crenças que temos]” e que estas podem mesmo “atrapalhar a reflexão e o estímulo de capacidades.” Além disso, estas crenças limitadoras conduzem-nos para um círculo vicioso de pensamentos automáticos. Estas “lentes” pelas quais fazemos a leitura de nós mesmos e do mundo “podem ter um grau severo de distorção de imagem que confunde as nossas perceções levando-nos a interpretações muito distantes da realidade, sentimentos negativos, reações, atitudes inadequadas”, segundo a psicóloga especialista em Medicina Comportamental, Marcia Marchiori.

 

Estas crenças limitadoras acompanham-nos desde cedo na nossa vida, mas só tomamos consciência delas anos mais tarde.

É um grande desafio colocá-las em causa, até porque quando entramos em piloto automático não reparamos que estamos a proferir algo que nos condiciona e não entendemos de imediato o impacto que isso tem em nós.

Com certeza que já deu por si a dizer “Não consigo aprender isso. É muito difícil” ou “Não sou bom o suficiente a fazer isso.” ou até mesmo “Gostava, mas neste momento não tenho tempo para isso.”

Todas estas frases são limitadoras, e quando as expressamos, estamos a condicionar a nossa própria ação e evolução. O impacto que este tipo de pensamento tem em nós é imenso, até porque pensamento gera pensamento. E pensamento condiciona ação.

 

 

É tempo de dar o salto e transformar

 

Quando deixa o piloto automático de lado e toma a consciência de que se está a deixar dominar por uma determinada crença limitadora, assume as suas escolhas e decisões e percebe que pode atribuir à sua crença um novo significado e abordagem. É muito importante identificar o que o está a impedir de ir mais além, pois só assim conseguirá transformar esta crença limitadora numa crença potenciadora.

Pode começar por perguntar a si próprio o que o leva a pensar de determinada forma; o que origina esse pensamento e quais as consequências que o mesmo tem para a sua vida.

Depois disso, pode reescrever e transformar essa crença limitadora em algo positivo. Por exemplo, deixe de dizer: “Não sou bom o suficiente a fazer isso.” e dizer: “Eu ainda não faço esta coisa a 100%, mas, com o meu empenho e esforço diário, aos poucos vou-me tornando melhor a fazer.” Este poder do “e ainda” é motivacional, dá-lhe esperança e é transformador. E se passasse a incluir o poder do “ainda” sempre que reformula algo que o limita para algo que o potencia?

 

Esta transformação de limitador para potenciador dá-lhe muitas vezes o boost de confiança de que precisa para acreditar em si, nos seus sonhos e nas suas capacidades. Lembre-se da frase inspiradora de Walt Disney: “Não deixe que os seus medos tomem o lugar dos seus sonhos”, afinal de contas, “é o sonho que comanda a vida” e é bom acreditar nele e lutar pela sua concretização.

 

A melhor notícia é que a transformação depende de si, da forma como reprograma certas frases que costuma proferir em piloto automático. Esta reprogramação requer treino para que o cérebro se habitue, esqueça as crenças que outrora o limitavam e dê lugar àquelas que o permitem ir mais além.

 

Depois de ler este artigo sugerimos que reflita sobre as suas crenças que o limitam – algo como: “… não é para mim”, “não consigo…”, “toda a gente pensa assim” – e as avalie à luz do que aqui partilhamos consigo. Depois reescreva-as de modo que sejam impulsionadoras de ação e alavanquem transformação. Não se esqueça do poder do ainda! Depois, veja as diferenças e quanto o muito da mudança que quer ver no mundo depende de si.

Seja Feliz, faça por isso!

Mostrar vulnerabilidade: uma questão de fraqueza ou de coragem?

Estar vivo é estar vulnerável

Pense numa obra de arte. Esta, pelos seus detalhes e materiais, pode ser associada ao conceito de fragilidade. Nos museus e exposições existe um aviso ao lado das obras que solicita para que não se toque nas mesmas, precisamente para não danificar o material. Mas, não é por ser frágil que a obra de arte mostra sinais de fraqueza, pois não?

Esta metáfora pode ser aplicada à vida humana. Ter a coragem de mostrar que se é frágil, sensível, atento ao outro e verdadeiro é ser-se confiante e humano e, como tal, imperfeito e emotivo da mesma maneira que se é racional e prático.

É a vulnerabilidade que nos torna humanos. “Estar vivo é estar vulnerável”, tal como nos diz a investigadora americana Brené Brown.

Nos dias que correm, há quem considere a vulnerabilidade um sinónimo de fraqueza ou de debilidade.

Hoje queremos desafiá-lo a olhar para o conceito de uma maneira diferente.

 

Ser vulnerável não significa ser fraco. Significa sim, ter a coragem para mostrar fragilidades.

A vulnerabilidade é uma característica que possibilita quebrar as barreiras entre os indivíduos, aproximando-os como pessoas que são, iguais em dignidade, com defeitos e qualidades, mas conscientes do que são. Mostrar a sua vulnerabilidade ajuda a gerar relações de confiança, a estreitar os laços e a humanizar a relação com os outros.

Permitir-se ser vulnerável exige autoconhecimento e capacidade para absorver os impactos da exposição da sua fragilidade (que pode ser uma força e é diferente de fraqueza). Ao desafiar-se a mostrar a sua vulnerabilidade, está a sair da sua zona de conforto e a expandir os seus horizontes, o que o permitirá aprender de uma forma contínua.

Ser vulnerável não significa ser fraco. Significa sim, ter a coragem para mostrar fragilidades. Mas atenção, fragilidades que façam sentido nessa relação e que lhe tragam valor acrescentado. Mostrar o seu lado humano, gerador de empatia, que o aproxima dos outros e que mostra que é uma pessoa única, mas “igual” às outras.

 

Ser vulnerável no local de trabalho abre espaço para a confiança e para a criatividade

Isto é válido também para a vida profissional. Temos o mesmo corpo na vida pessoal e profissional, pelo que a vulnerabilidade não deve ser separada ou excluída de nenhuma destas áreas.

Já pensou no impacto que provoca nos outros a ideia de que tem que ser um super-herói, omnisciente, com resposta e solução para tudo? Além de o desgastar e de lhe retirar autenticidade – pois está mais focado em manter essa imagem de super-herói -, leva a que os outros não o sintam enquanto pessoa com emoções que é, e por isso, eles próprios se irão “proteger” e espelhar-lhe o seu comportamento, fazendo com que a as relações sejam pouco autênticas e humanizadas. E o espaço para gerar relações de confiança é substituído por um espaço pouco autêntico, cheio de “armaduras e proteções” e os respetivos medos que lhes estão inerentes… mesmo que aparentemente, tudo pareça estar bem. Claro que parece! Nesta relação só se pode mostrar as forças, as competências…. E é isso que todos fazem! E então, deixa de haver espaço para a curiosidade, a cocriação, para o crescimento e para a transformação.

 

Se for líder de uma equipa, mostre-lhe que é normal não ter sempre resposta para tudo. É líder, mas acima de tudo é humano. Os momentos de incerteza fazem parte e os erros também. “Errar é humano”. Frase antiga, mas sempre atual.

Quando aceita esta condição, faz com que os seus colaboradores se inspirem, percebam que é como eles e que estão todos “no mesmo barco”.

Pedir ajuda e assumir que não se sabe fazer determinada tarefa também é algo a adotar. Seja sincero e fiel àquilo que sente. Desta forma irá fortalecer os laços com aqueles que o rodeiam no local de trabalho e beber conhecimento daqueles que o podem ajudar naquela tarefa que tem mais dificuldades em realizar.

Se não é líder de uma equipa, tenha a coragem de ser vulnerável, de dizer “não sei, mas quero aprender, de ser curioso, de pedir ajuda, de mostrar as suas ideias e propor inovações. É também sua responsabilidade criar este ambiente de abertura, autenticidade e confiança.

Ser vulnerável, abre espaço para a confiança e a criatividade!  Permite que cada um se mostre, traga as suas ideias para a ribalta com confiança. Afinal somos todos imperfeitos!

 

Para se abraçar a vulnerabilidade é preciso ter a coragem para ser imperfeito

Numa Ted Talk[1], Brené Brown explica que para se abraçar a vulnerabilidade é preciso primeiro ter a coragem de se ser imperfeito. Há que aceitar e ser gentil consigo mesmo para depois o conseguir ser com os outros e, desta forma, criar uma conexão com eles.

O Search Inside Yourself Leadership Institute (SIYLI)[2] defende também a importância de cada um expor aos seus pares a sua vulnerabilidade. No entanto, reconhece que mostrá-la pode conduzir a sentimentos e emoções menos agradáveis, porém pertencentes à condição humana e, por isso, impossíveis de escapar.

É também importante saber ouvir com atenção e entender o outro, ideia que acaba por mostrar a relação de proximidade entre vulnerabilidade e empatia.

Ao mostrar a sua vulnerabilidade está a contribuir e a sugerir àqueles que o rodeiam que também o façam, ao mesmo tempo que promove o crescimento de todos.

 

O nosso desafio: Tenha a coragem para largar a ideia de que a vulnerabilidade é algo negativo e que só contribui para salientar os seus pontos fracos.

Relacione-se abertamente com os outros, deitando fora a “capa protetora” de medos e receios.

Abra as portas à vulnerabilidade e dê-lhe as boas-vindas sem medo. E observe e sinta o que isso faz por si e pelos outros!

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[1] https://www.youtube.com/watch?v=iCvmsMzlF7o

[2] https://siyli.org/vulnerability-leadership/

 

Conhecer o Propósito de Vida é importante: Saiba porquê!

 

Está em alinhamento com o seu Propósito de Vida?

Felicidade e Bem-estar. Duas expressões que agradam ao Ser Humano, sendo que a primeira sempre foi, e continua a ser, muito questionada, porque afinal o que é ser feliz? O que precisamos para o ser? O que faz uma pessoa feliz pode não fazer outra.

 

Aliado a estas duas expressões encontra-se o Propósito de Vida. Todos nós temos um e é importante que o descubramos e vivamos em alinhamento com ele. Porquê? Porque o Propósito de Vida é o “para quê” de cada um, a razão de ser da sua existência e relaciona-se com o Significado que dá à vida, em todas as ações e situações do dia a dia – das mais pequenas e quotidianas, às maiores e mais impactantes. É o GPS que o direciona e que está ligado à sua essência e àquilo que de melhor tem – o seu Ser.

Viver alinhado com o Propósito, permite aumentar a eficácia, bem-estar e facilita o estabelecimento de objetivos, metas e planos a longo prazo, tendo em linha de conta aquilo que é importante na vida de cada um.  Ajuda também a estarmos ao serviço da sociedade e dos outros, com o que somos de melhor e com sentido de vida.

 

Benefícios de ter um Propósito de Vida

Há vários estudos e autores que explicam os benefícios de ter um Propósito de Vida e de viver em conformidade com ele.

Viktor Frankl, no livro O Homem Em Busca de Um Sentido, conta na primeira pessoa o período do Holocausto, referindo que aqueles que tinham um Propósito conseguiram mais facilmente suportar as atrocidades vividas nos campos de concentração.

Ana Carolina Shinoda[1], uma doutorada em Propósito de Vida, também considera que ter um Propósito dá-nos mais clareza acerca das nossas prioridades. Ajuda-nos a perceber onde gastar e investir a nossa energia e foco nos momentos mais complicados.

Além disso, o Propósito de Vida é ainda um forte aliado da Longevidade, segundo um estudo feito pelo Centro de Longevidade de Standford, que adianta também que as pessoas que acreditam que a sua existência tem um significado acabam por ter níveis mais reduzidos de cortisol, ou seja, são pessoas menos stressadas[2].

No Japão a preocupação em ter um Propósito de Vida é evidente. Em estudos feitos sobre esta temática, os investigadores revelam que não ter um Propósito de Vida (ikigai é a expressão utilizada neste país da Ásia Oriental) conduz a um risco 60% maior de morrer de doenças cardiovasculares.

 

Como encontrar o meu Propósito de Vida?

 

Como pode perceber, viver alinhado com o seu “para quê” só lhe trará coisas boas. Encontrá-lo é que exige alguma concentração e conexão consigo mesmo e é normal que não o descubra sozinho ou do dia para a noite.

O nosso conselho é que reflita sobre si e as suas paixões e descubra aquilo que o faz sentir bem, ou melhor ainda, o que o faz feliz. Respeite-se, e analise-se com calma. É mesmo um processo de autorreflexão e autoconhecimento.  Por outro lado, o Propósito de Vida de cada um não está ligado apenas consigo próprio, mas com o impacto que tem nos outros e no Mundo. Isto porque vivemos em comunidade e o legado que cada um deixa é no mundo e não em si próprio.

Descobrir o seu Propósito de Vida demora algum tempo e pode fazer o seu processo de descoberta sozinho ou com acompanhamento. Ao escolher fazê-lo acompanhado, pode recorrer a um coach profissional que o saiba fazer – idealmente, que seja certificado para o fazer – e que o ajudará processualmente a encontrar o seu Propósito.

 

Ter um Propósito e viver alinhado com ele não significa que não sejam feitos, por vezes, alguns desvios. É mesmo natural que estes desvios aconteçam! O importante é que, graças ao conhecimento prévio que tem do seu “para quê”, reconheça quando é que se está a desviar dele para, assim, retomar o caminho em alinhamento. Ao conhecê-lo poderá percepcionar o quanto o seu Propósito lhe facilita a sua melhor escolha e decisão.

Encontre o seu Propósito e depois observe que, a partir do momento em que o tem presente na sua mente, muitas das decisões que precisará de tomar na vida se tornarão mais fáceis e naturais, como que iluminadas por um farol, que é só seu e não se apaga mais.

Quer descobrir o seu Propósito de Vida?
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https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-06022020-174305/publico/CorrigidaAna.pdf

 

[2]https://www.publico.pt/2021/01/06/impar/noticia/ciencia-revela-proposito-vida-segredo-longevidade-1945114

 

3 passos base para incorporar aprendizagens

 

Este ano, que aprendizagens lhe trouxe? Consegue lembrar-se de todas ou a sua memória está a ser traiçoeira consigo?

É facto assente que aprendemos muitas coisas durante um ano. Afinal de contas, são 365 dias em que temos a oportunidade de fazer diferente e de aprender com aqueles que se cruzam no nosso caminho.

É certo que alguns dias são idênticos e rotineiros, mas repare que uma ida para o trabalho não é sempre igual, pois não é certo que encontre sempre as mesmas pessoas nos transportes públicos ou no trânsito. Assim sendo, todos os dias são válidos para aprender algo.

Se para si for importante chegar ao final do ano e refletir acerca das aprendizagens que fez, as questões que pode estar a colocar são: “Como é que posso salvaguardar que me lembro de tudo aquilo que aprendi num ano? Como é que memorizo todas as boas práticas que passaram diante dos meus olhos e que quero levar para a vida? Algumas memorizo, mas 365 é mais complicado…”

 

Propomos-lhe 3 passos:

 

O primeiro passo é estar atento àquilo que o rodeia. Só assim conseguirá reter as informações exteriores e interpretá-las. Estar atento significa observar com todos os sentidos.  Ver com atenção o que o rodeia, escutar sons que normalmente não notaria ou ganhar consciência dos cheiros. É também observar emoções e a forma como se manifestam – em si e nos outros – e os comportamentos que geram ou que delas decorrem.

 

O segundo passo (o passo chave) é ganhar o hábito de registá-las para, assim, não correr o risco de se esquecer. Esteja um passo à frente da sua memória!

Atente que falamos de aprendizagens, ou seja, para além de atitudes mais simpáticas de alguém com quem se cruzou na rua, no café, no local de trabalho ou das reflexões inspiradoras que retirou quando leu determinado livro, também é válido, preciso e importante anotar conclusões que retira das situações mais complicadas. Registar a aprendizagem de algo que foi mais difícil reforça a mudança que isso pode gerar em si. Em todas as situações há um lado luz. Por isso, é importante que reflita sobre ele e escreva as respetivas conclusões de uma forma positiva.

A nossa sugestão é que faça o registo das aprendizagens no seu computador, telemóvel ou num caderno de forma a não perder ou esquecer.

Independentemente do sítio onde escolher escrever, o mais importante é que aí estejam apenas as suas reflexões e não outros assuntos misturados.

Ao escrever está não só a ganhar consciência, como também a permitir que o seu cérebro assimile melhor a boa prática para futura aplicação no dia a dia.

Há uma lenda árabe[1] que nos diz que “algo grandioso deve ser gravado na pedra da memória e do coração onde vento nenhum do mundo a poderá apagar.” Neste caso, ao gravar no seu computador, telemóvel ou caderno as suas aprendizagens, está a reforçar a ideia na sua memória, não permitindo que a “força do vento” seja mais forte.

 

O terceiro passo é a aplicar diariamente as aprendizagens. Ao colocar em prática, de forma consciente e consistente o que aprendemos, estamos a facilitar a criação de novos hábitos e comportamentos. Desta forma incorporamos o que vamos aprendendo, até fazer parte do quotidiano. E como continuar este processo de aprendizagem? Estar conscientemente atento àquilo que o rodeia para, assim, ir preenchendo o seu documento dos bons hábitos/coisas que quer levar para a vida.

Observe, registe e aplique! E verá o quanto se simplifica.


[1] Diz uma lenda árabe, cuja origem desconhecemos, que dois amigos viajavam pelo deserto e num determinado ponto da viagem discutiram e um deles deu uma bofetada ao outro. O amigo ofendido, sem nada dizer, escreveu na areia: “Hoje, o meu melhor amigo bateu-me no rosto.”

Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar, pegou um estilete e escreveu numa pedra: “Hoje, o meu melhor amigo salvou-me a vida.”

Intrigado, o amigo perguntou: “Porque é que quando eu te bati escreveste na areia e agora que te salvei escreveste na pedra?” Ao que o amigo responde: “Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar. Porém, quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória e do coração, onde vento nenhum do mundo poderá apagar.”

 

 

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