5 reações negativas ao feedback
Porque tememos dar e receber feedback? Todos concordamos que é útil conhecer se estamos a ir de encontro às necessidades e expetativas de determinada pessoa, cliente, grupo ou organização. Muitas vezes reclamamos porque não temos informação de retorno que nos permita tomar as melhores decisões. No entanto, perante uma observação que alerta para um comportamento menos eficaz, eficiente ou adequado da nossa parte, empunhamos o nosso escudo protetor e preparamo-nos para o ataque.
Estas emoções e sentimentos surgem mesmo perante um feedback eficaz, pois dependem mais do estado da nossa autoestima do quê ou do como o outro está a comunicar. Receamos a crítica, o julgamento do outro, temos medo de falhar ou que descubram que somos uma fraude, tememos ser rejeitados ou temos a sensação de não ser suficientes (inteligente, atraente, capaz…).
As 5 reações negativas ao feedback de redireccionamento são, segundo The Corporate Executive Board Company, a hostilidade, indiferença, falta de confiança, desresponsabilização e choque.
As 5 reações negativas ao feedback
Hostilidade
- Ataca a sua credibilidade e os factos
- Não reconhece a situação, nega os incidentes ou desvaloriza o impacto das suas ações
Indiferença
- Reage com apatia
- Não se compromete totalmente com a melhoria
Falta de confiança
- Inseguro da sua capacidade para melhorar
- Aversão a correr riscos
Desresponsabilização
- Pode reconhecer a veracidade dos factos, mas não assume a responsabilidade
- Mostra de forma indireta que não se compromete a mudar.
Choque
- Fica zangado e reage de forma emotiva
Estas reações instintivas ligada às necessidades básicas de sobrevivência e proteção, este medo real ou imaginado, já que o nosso cérebro parece não distinguir um do outro, mantem-nos seguros, mas também impede-nos de arriscar, capacidade crítica para a inovação, co-criação, colaboração e desempenho.
O receio de escutar o que não queremos ouvir, sendo que amiúde não é tanto o que nos dizem que nos magoa, mas antes a interpretação que fazemos do que nos é dito, ou então o temor da reação do outro ao nosso feedback, afasta-nos de utilizar esta ferramenta com a regularidade necessária. E quanto menos usamos, menor é a possibilidade de nos tornarmos confortáveis e quiçá mestres na sua arte.
Dessensibilizar a reação ao feedback
Mas será possível reduzir a sensibilidade e aumentar a tolerância à crítica, e usufruir plenamente de todo o potencial de um feedback eficaz? Conseguir dar e receber feedback, seja um elogio ou uma chamada de atenção, sentindo-me confortável, agradecido ou satisfeito, com aquela emoção agradável de quando oferecemos ou recebemos uma dádiva?
O processo de dessensibilização começa no que escolhemos pensar e sentir acerca do feedback. Se o emitirmos com o genuíno intuito de contribuir para o sucesso do nosso interlocutor e se o recebermos como um incentivo ao nosso desenvolvimento; se aceitarmos que o outro tem uma visão diferente e a encararmos com curiosidade e empatia, e se ambos nos permitirmos explorar as nossas visões e emoções e assim aprendermos em conjunto, é possível com gentileza e persistência mudar o padrão de reação ao feedback.
Firme com o assunto, gentil com a pessoa
Ancorados num olhar positivo do feedback, podemos agora dar atenção ao nosso interlocutor, começando por escutá-lo para o compreender. Uma boa prática é começar com uma pergunta, em vez de uma afirmação. Deixar que seja o outro a falar da situação e a identificar as ações para a mudança.
Caso a pessoa ainda não esteja aberta a este tipo de abordagem, é recomendável descrever os comportamentos inadequados de forma positiva, especificando a mudança desejada e os seus benefícios. O foco é assim no comportamento futuro, evitando repisar os erros passados que provocam as reações adversas já referidas.
Invista em “apanhar as pessoas a fazer coisas bem feitas” e reconheça, não só porque precisamos de vários elogios para equilibrar uma chamada de atenção, mas também porque ajuda a reforçar a segurança psicológica, a empatia e a confiança, que promovem maior abertura à crítica. Canalize a energia do medo para a curiosidade, autodescoberta e desenvolvimento.
Se, ao invés, o feedback lhe for dirigido, e não o considerar oportuno ou fundamentado, em vez de se ocupar com negações ou justificações, interrogue-se: o que fiz ou disse que levou esta pessoa a interpretar a situação desta forma? O que posso aprender com este comentário? E agradeça ao seu interlocutor.
Um feedback eficaz, seja um elogio ou uma chamada de atenção, é uma oportunidade de aprendizagem para quem dá e recebe. Não deixe que o medo o impeça de desenvolver esta competência crucial na interação com o outro. Dê atenção às emoções e motivos que o movem a si e ao seu interlocutor e canalizem essa energia para extrair o máximo de benefícios para o vosso crescimento.
Feedback Eficaz
- Sente-se constrangido quando tem de chamar a atenção a alguém ou mesmo elogiar?
- O que diz parece não ter o efeito desejado?
Ao dominar esta competência crítica na interação com os outros, irá sentir-se mais confiante e capaz de comunicar com clareza o que pretende e facilitar a adesão do outro à sua mensagem.
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