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Que caminhos percorrer para ser Feliz?

Muito se tem escrito sobre Felicidade e se, é possível sermos real e consistentemente pessoas felizes.

Este é um tema difícil, mas sinto que isso passa muito por raramente se falar das virtudes, daquilo que nos faz sentir brilho interior. Reconhecermos, ou identificarmos em nós este brilho, esta alegria de viver, esta força que nos vem de dentro, o que que nos faz sentir – “pessoas felizes”, acontece por autoconhecimento. Só quando estamos treinados a viajar ao nosso interior e dar nome ao que lá se passa é que conseguimos ver e perceber que aí também existem elementos muito bons que nos dão muita alegria e satisfação. A isto eu chamo “brilho interior”.

Esta felicidade, esta força, ninguém nos consegue retirar, anular ou reduzir, pois só nós próprios temos a chave para este nosso cofre – o nosso interior.

O que nos rodeia, o que nos pode intoxicar, na verdade só tem esse poder se nós permitirmos e se nós dermos autorização para penetrar e atuar em nós.

Dir-me-á: – Não sei se, será mesmo assim! Sei que é muito difícil assumi-lo e entendê-lo. Frequentemente temos tendência para nos desculparmos ou reduzirmos o nosso contributo ao deixarmos que o que nos acontece de mal, ou externamente, nos afete interiormente. Acredito que todos nós temos escolhas. No entanto, quando não temos noção ou consciência das nossas escolhas, é como se não existissem.

Como posso então identificar as escolhas que me fazem feliz?

Aí estamos a falar de sabedoria, de autoconhecimento, de ganho de consciência das nossas crenças, motivações, traumas e virtudes. Assumir o que há de muito bom e especial em nós é tão difícil de identificar quanto o que nos é menos agradável – os nossos defeitos. Acima de tudo é importante aceitarmos o que somos e entender as motivações que nos fazem agir como agimos. Conhecer isto ajuda muito a entendermos e a sentirmos compaixão por nós mesmos. Aceitarmos a nossa realidade é fundamental para nos transformarmos. Se andarmos a lutar contra nós mesmos, não conseguiremos mudar nada, pois gastamos toda a nossa energia em nada fazer acontecer.

QuanO que saber para ser Feliz!do conseguimos identificar, aceitar e depois querer fazer diferente, sentimos então a vontade de experimentar o novo e isso leva à transformação. Para que esta mudança esteja orientada ao caminho da nossa felicidade, é fundamental que consigamos frequentemente entrar em contacto com as nossas virtudes.

São elas que nos dão satisfação interior, que nos fazem sentir realizados, que nos revelam o nosso brilho interior. À luz do Eneagrama são exemplo de virtudes:

 

–  o desapego, como largar o que já não me é útil, seja emoção, pensamento ou coisas materiais – quem já experimentou dar o que tem a quem precisa mais sabe que a gratidão que gera é muito gratificante;

– a caridade, no sentido de estar disponível para cuidar;

– a serenidade, ou seja, lidar com as adversidades com paz interior;

– a veracidade, perceber e valorizar o que é verdadeiro e autentico;

–  o equilíbrio emocional;

– a valorização de nós mesmos e dos outros;

– a humildade que possibilita estar disponíveis para o que seja necessário;

– a perseverança, a capacidade de ultrapassar dificuldades insistindo no agir que sabemos nos vai levar a bom porto e a resultados que nos deixam felizes;

– a inocência, que nos retira a necessidade de tudo controlar;

– a coragem, como capacidade de agir guiados pela voz do coração.

 

Então, em vez de nos prepararmos ou reagirmos em luta contra nós próprios ou contra “outros”, importa descobrirmos que a Felicidade vem de dentro de nós, da nossa capacidade e treino de escolhermos entrar em contacto com as nossas virtudes e aptidões, aplicando-as no dia a dia, colocando-as ao serviço de quem delas precisar. E isto é um processo de aprendizagem, experimentação, desenvolvimento e acima de tudo, transformação saudável e consistente.

Eu dou suporte a este meu processo através do conhecimento que o Eneagrama me traz, e sinto-me uma pessoa Feliz. Qual o caminho ou processo já iniciado por si? A nossa vida é uma só, e vale a pena ser vivida com felicidade interior.

 

Ana Sousa

Executive & Team Coach, Life Coach, Facilitadora, Consultora

Managing Partner WIF Partners

Planear o Caminho com Agilidade

 

No mundo BANI[1] em que vivemos, incerteza e viver na incerteza é quase como uma comodity. Talvez mais sentida e falada agora, devido ao facto de vivermos tempos efetivamente incertos, com uma pandemia que se instalou sem pedir licença. No entanto, a Covid-19 apenas acelerou a instalação da incerteza nas nossas vidas, pois era já uma tendência clara.

No estudo “Covid-19: A incerteza faz parte da vida – como lidar com ela?”, a Ordem dos Psicólogos refere que “em situações de crise, em circunstâncias com resultados imponderáveis e continuadas num período alargado de tempo, os sentimentos de incerteza podem ser mais complexos de gerir, podem comprometer a nossa ação ou paralisar-nos.”

 

Hoje partilhamos consigo 3 ferramentas que o podem ajudar a lidar com a incerteza, fortalecendo a sua autoestima.

1 – Conhecer o Propósito. Saber qual é o seu Propósito e conhecê-lo de forma clara, ajuda-o/a a aumentar a sua eficácia e bem-estar, dando-lhe entusiasmo, inspiração e realização. Assim, facilita o estabelecimento de objetivos e planos a longo prazo que estejam alinhados consigo e com aquilo que para si é o mais importante.

2 – Ter uma Visão definida. Isto significa saber para onde quer ir nas diversas áreas da sua vida, para então definir o caminho para lá chegar. Uma forma muito eficaz que o pode ajudar a construir a sua Visão é imaginar-se tal e qual, como se já estivesse lá.  É a visualização, na qual idealiza a concretização do que quer, assim como o que sente e percebe em si por o ter alcançado. Esta etapa dá-lhe a confiança que vem da certeza de ser possível concretizar o que quer num futuro próximo.

“Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve.” Esta frase do escritor Lewis Carroll reforça a importância de planear, pois quando não se planifica, qualquer caminho está bem e é seguida uma direção sem foco específico. Também pode acontecer que diferentes e novos estímulos o desviem

do rumo expectável correndo mesmo o risco de ficar baralhado e confuso com as diversas opções possíveis. Quando sabe onde quer chegar, mesmo com os obstáculos e novos estímulos que se podem atravessar no caminho, existe um foco e pode continuar focado até conseguir concretizá-lo.

3 – Planear o caminho e estar disposto a ajustá-lo a cada momento. Um planeamento prévio é fundamental para conseguir reagir com mais facilidade e eficácia a situações de última hora, a novos estímulos. Estes, podem ter origem na incerteza, no novo e desconhecido que surge com frequência. Tendo um plano, gera-se um termo de comparação que facilita a sua escolha em cada momento. A sua decisão deixa de ser realizada pelo medo inerente à incerteza e passa a sê-lo pelos benefícios e oportunidades que possam acrescer ao plano inicial. Isso significa incluir todos os necessários ajustes e correções por forma a reduzir o risco de não se alcançar os objetivos desejados e isso é ajustar-se às circunstâncias do momento. Quando pensa e planeia qual é o melhor trajeto, o caminho a seguir, e quais os recursos necessários, está já “a um passo à frente”.

O planeamento ajuda-o a integrar e priorizar as oportunidades que aparecem, ao mesmo tempo que o desafia a ser também flexível na validação ou alteração do plano inicialmente feito, pois é importante ter em conta que o planeamento não deve ser rígido e que um clima de incerteza leva a uma maior e mais regular revisão do mesmo. Contudo, possíveis alterações não têm, obrigatoriamente, de pôr em causa os resultados; pelo contrário, acontecem para dar suporte a esses mesmos resultados num novo contexto.

Ao planear, está a colocar o seu foco nas soluções e não nos problemas, visto que o planeamento ajuda a combater o medo de não conseguir alcançar o que deseja ao mesmo tempo que reforça a possibilidade de que é possível chegar onde quer! Frequentemente se ouve dizer que “o planeamento é feito para ser alterado”, o que parece uma contradição; contudo, é a forma como é mantido o foco no processo que conduz a resultados. Sem planeamento não há foco no processo, pois este não tem qualquer relevância. Na verdade, é o processo escolhido que possibilita os resultados e a sua excelência.

É assim crucial haver flexibilidade no planeamento desde o primeiro momento, não retirando esta flexibilidade valor ao planeamento, pelo contrário é ela que mantém a sua razão de ser.

 

Quem está munido destas ferramentas, mais rapidamente consegue integrar a incerteza nas suas decisões e alcançar os resultados desejados.

A equipa WIF está aqui para si. Podemos ajudá-lo a Fazer Acontecer.


[1] BANI é a sigla para Brittle, Anxious, Nonlinear and Incomprehensible — Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível

Autorevelações com Eneagrama da Personalidade

Recentemente muito se fala de Eneagrama, como ferramenta de autoconhecimento, em especial do Eneagrama da personalidade. Para alguns ainda desconhecido – “Eneagrama”, para outros autorevelação.

Eneagrama significa – figura de nove. Simples, sem dúvida!

Eneagrama

 

Autorevelações

É verdadeiramente incrível como o conhecimento milenar que está representado nesta figura me explica, potencia, ensina e revela.

Quanto mais sei, mais quero saber, de mim e deste conhecimento sobre mim e sobre a humanidade que existe em cada pessoa. Essa humanidade que está representada em cada um dos pontos e linhas desta figura.

Denominado Eneagrama da Personalidade, as suas linhas simbolizam movimento no sentido de não estagnação.

O Eneagrama ensinou-me a aceitar sem julgar

A descoberta da nossa personalidade pode não ser fácil, a minha não foi, pois no primeiro impacto não a quis aceitar mas, com auto observação e curiosidade fui fazendo o meu caminho. Hoje, reconheço que ter perseverança e continuar a querer saber mais de mim permite em muitos momentos da minha vida entender onde os processos/ mecanismos/ pilares base da minha personalidade estão presentes e determinam os meus comportamentos.

A questão é que, muito do que somos, não nos é claro, ou seja, não está na esfera da nossa consciência pois é constituído por uma compilação muito rica de emoções, sentimentos, perceções, traumas e crenças que ao longo dos anos ficaram registados no nosso inconsciente. O pior é que tudo isto não está arrumadinho sem efeitos, pelo contrário, interfere momento a momento no nosso comportamento, influenciando a nossa ação, escolhas e decisões. O Eneagrama ensinou-me a aceitar isso melhor, sem julgar. Como me ensinou ainda a ter maior consciência do meu comportamento identificando a sua origem, ou melhor, as minhas motivações.

Depois de me perceber e aceitar, consigo então escolher fazer diferente e a isso chamo transformação.

Aprendi que tudo o que eu sinto, é meu, vem do meu interior! Eu sou a protagonista e construtora de mim mesmo!

O eneagrama ao descrever as nove personalidades, revela as motivações e mecanismos padrão por nós desenvolvidos para conseguirmos lidar com a realidade do dia a dia, em especial na nossa relação com as outras pessoas, desde a nossa mais tenra idade.

Para mim uma das melhores aprendizagens conseguidas e difíceis de assumir é identificar o que me é dado a conhecer quando a vida insiste em me pôr em contacto com o que me magoa profundamente. Sei, no entanto que será assim enquanto eu não assumir, agora com uma consciência adulta, revisitar esses fatores e resignificá-los. Aprendi com tudo isto que tudo o que eu sinto, é meu, vem do meu interior! Eu sou a protagonista e construtora de mim mesmo!

A figura de nove e o seu conhecimento, expresso nas suas três leis, nos seus três centros de inteligência, nas suas diversas tríades, ao mesmo tempo que nos revela, também nos mostra caminhos de libertação. Pistas concretas para nos libertarmos das amarras e limitações da nossa personalidade, apresentando caminhos de crescimento e desenvolvimento.

Ao estudar e conhecer o eneagrama percebi quanto a minha personalidade me limita e asfixia, mas também aprendi e percebi que essa mesma personalidade me dá competências e capacidades para viver com qualidade na relação com todos as outras pessoas que me rodeiam e seus respetivos “egos”. Sim, no quotidiano, as pessoas têm tendência a viver no Ego ou muito viradas para o seu “eu” em defesa das suas personalidades, e essa é a realidade em que todos estamos inseridos. No entanto a grande revelação é reconhecer que a diferença acontece quando consigo saber isso e identificar quanto este conhecimento influencia as minhas escolhas.

Ganhar a competência de conseguir escolher com conhecimento e consciência

Quando evoluo e me desenvolvo, deixo de ter os comportamentos anteriores?

– Na verdade, não. Mas há mudanças, mesmo que o comportamento se volte a manifestar, pode assumir outra forma ou outra intensidade, mas acima de tudo deixa de ser tão permanente. Acredito que nenhum de nós deixa de demonstrar frequentemente a personalidade, e conhecê-la por si só não nos faz melhores pessoas.

No entanto, posso ganhar a competência de conseguir escolher com conhecimento e consciência qual a versão de mim que me é mais necessária face ao momento e situação. Isso passa por usar as habilidades da personalidade e instintos ou viver na melhor versão de mim mesmo. Assumir ter uma missão de vida com uma tarefa e lugar no mundo que só eu posso concretizar. Assim assumindo mais Ser, contribuir para a plenitude do Mundo, considerando aqui todas as suas dimensões: Humanidade, Natureza e Transcendência.

Hoje sei que não sou a minha personalidade, no entanto, sei que tenho uma personalidade que atua a par e passo com o meu Ser e que o pode abafar ou esconder, se ganhar excessiva presença em mim.

O desafio para ser feliz é encontrar o justo equilíbrio entre as diversas partes de mim, que me fazem ser quem sou.

Discernir o que é agir pela personalidade ou agir pela essência do Ser.

Conhecer o Eneagrama foi para mim, um ponto de viragem. Momento a partir do qual eu ganhei a responsabilidade da escolha de quem quero ser. Vejo a sua concretização nas perspetivas e valorizações que faço na escolha do meu agir, dia a dia.

Hoje, com alguns anos de caminhada consciente e aprofundamento permanente, consigo discernir melhor o que é agir pela personalidade ou agir pela essência do Ser.

A minha personalidade é a capa de defesa do diamante que tenho dentro de mim. Este diamante precisa continuar a brilhar, a cintilar, a manifestar-se, para que não me esqueça que ele existe. Para que isso aconteça precisa ser protegido. Ele sou EU! Ele é o melhor de mim!

A abordagem ao Eneagrama com que me identifico vem do IESH – Instituto eneagrama Shalom, do qual faço parte, permite-me perceber quanto é importante iniciar por identificar a personalidade (são nove) pela autodescoberta. Aprofundar esse conhecimento pela identificação do nosso subtipo (são vinte e sete).  Conhecer os nossos instintos e iniciar a jornada da descoberta do melhor de nós, a nossa essência. Estes são os pilares base de todo o processo. Caminho que enquanto percorremos nos possibilita aceder à quota parte da transcendência que existe em nós. A partir daqui, fica o prazer de descobrir todos os dias a gratidão de estar em conexão com a natureza, com todos os outros seres e Universo, em Amor e… também aí experimentar Deus.

Não deixando de ser humana, imperfeita, ganho a capacidade de me conectar com o meu interior e experimentar viver integrando espiritualidade no meu dia a dia, fazendo escolhas conscientes. Este é o meu desafio de vida.

Eneagrama e a minha Missão de Vida

Tenho uma missão na vida a concretizar, divulgar este conhecimento a todos os que o queiram aprender e integrar.

O Eneagrama ensinou-me um caminho que sei que só estará terminado no dia em que fechar definitivamente os olhos e o meu coração deixar de bater. Até lá, tenho uma missão a concretizar na vida.

Tenho escrito no meu propósito de vida: “Em liberdade e entrega completa, desafio-me a ultrapassar limites e crenças para ser um instrumento daquilo em que acredito plenamente. Fazer isto, usando a minha sensibilidade e capacidade de entender o outro para ir ao âmago e ser instrumento de algo mais poderoso, transbordando a minha energia, em Amor…”

Partilhar este conhecimento está em total sintonia com este propósito. Faço-o com todas as minhas limitações, humanidade, conhecimento, paixão pelas pessoas e pela vida, acreditando que a vida é para ser vivida com Plenitude.

Se me perguntam o que é o Eneagrama, digo que é a porta pela qual obtive resposta às perguntas: QUEM SOU EU? e EXISTO PARA QUÊ?

Hoje tenho a minha própria resposta para estas questões. Elas são pontos cardiais nas minhas escolhas conscientes dia a dia, e muito mudou em mim. Estas questões são o que me inspira a contribuir para excelentes resultados em cada um que queira conhecer-se melhor e integrar esta vivência.

Ana Sousa

Sabe mais sobre o próximo curso de Eneagrama 

Ser na realidade a própria referência

Numa realidade como a que vivemos onde a referência instalada é a incerteza, o receio pelo desconhecido, a tendência é retrair. Até porque todo o ambiente exterior a tal convida. Há, no entanto, outros referenciais e opções que em vez de retrair e ser reativo nos fortificam. Aqui estão três desses referenciais: autoconhecimento, curiosidade e conexão.

No meu interior está o melhor de mim!

Autoconhecimento:

 

Autoconhecimento

Virar para dentro, conhecer as minhas forças e habilidades, assim como enfrentar os meus fantasmas e debilidades. E ainda, compreender as motivações impulsionadoras da minha ação, conhecer o que existe em mim, fortifica-me. Dá-me consciência da minha influência. Afinal não é o que me rodeia que me faz reagir face à realidade, mas sim a minha forma de sentir, pensar e agir. A minha ação e interpretação da realidade, são reflexo do meu interior. É daí que tudo vem. No meu interior está o melhor de mim!

Ao conhecer e perceber esta dimensão estamos mais habilitados a lidar com o desconhecido aplicando o melhor de nós, encontrando novas perspetivas para além do medo que nos provoca e paralisa.

Curiosidade

Todos já assumimos que a nossa realidade dia a dia será diferente do que era até 2020.

Esta mudança tem de novo, a rapidez e a imposição com que se apresenta, fazendo com que que ainda hoje continuemos a não entender que “novo” é esse. Sabemos, no entanto, que existe porque o sentimos e vivemos como novo, e disso todos temos clareza. O que sabemos e o que conseguimos explicar nem sempre é o mesmo, e a curiosidade é o que nos leva a conhecer mais.

Agora, é preciso fazermos perguntas para as quais não temos resposta, procurar saber mais, para entender este novo, dissecá-lo, experimentá-lo, desafiá-lo com novas premissas. Isso exige da nossa parte, abertura e curiosidade. Acima de tudo precisamos de largar as certezas que nos transportam para o que era e nos limitam a entender o “novo”, o que agora é.

Desapegar destas certezas é abrirmo-nos à curiosidade.

Desta curiosidade surge uma atitude inovadora, criativa, capaz de encontrar soluções para os novos desafios. Sabendo que estes desafios, mesmo sendo idênticos aos que já tínhamos, são novos, por estarem num novo ambiente, por terem novos fatores de contexto.

Conexão:

Nenhum de nós está só e isolado no mundo, mesmo que se sinta como tal.

Todos nós podemos e precisamos estabelecer conexão com outros e com outras realidades diferentes da nossa. Não é com banalidades, mas antes criando oportunidades de partilhar o que sentimos, receamos, desejamos e pensamos. E além disso, conseguir rir e descontrair face ao que somos e nos rodeia.

Esta conexão pode também ser com o nosso interior, e podemos fazê-lo escrevendo, meditando, dialogando connosco próprios ou com outras pessoas, integrando outras perspetivas e abrindo horizontes.

O importante é conectar para com isso ganharmos a possibilidade de identificar o que realmente queremos e desejamos. Sendo esta uma referência fundamental da nossa tomada de decisão consciente.

Com autoconhecimento, curiosidade e conexão estaremos mais capacitados para lidar com as possibilidades que a realidade traz dia a dia, assumindo tudo o que de bom acontece, no aqui e agora.

A escolha é minha e é tua!

Isto é, decidir agir e influenciar como me quero sentir interiormente. Robustecidos com a perspetiva e esperança de encontrar soluções à medida, ganhamos tranquilidade e serenidade interior. Fatores estes que alimentam o olhar curioso que dá leveza à realidade.

O nosso cérebro faz escolhas regularmente, mesmo constantemente. No entanto, tendo por base os três referenciais, podemos mudar as nossas escolhas tornando-as criativas, conectadas e alinhadas com a construção do futuro que queremos.

O que tem isto a ver com a escolha automática atual que é dominada pelo medo enquanto emoção presente e mais forte que todas as outras?

Queres ganhar as rédeas ao teu futuro e à tua vida? Então investe em ti mesmo! Desenvolve a curiosidade e mantém conexão contigo próprio e com os outros, momento a momento, no agora, agarrando e concretizando as oportunidades que vislumbres possíveis.

Steve Jobs dizia: “Pessoas criativas são aquelas capazes de conectar experiências que tiveram no passado para criar algo totalmente novo.”

Curso Eneagrama

Teletrabalho: Como estão as relações lá por casa?

Menos privados uns dos outros…

Estamos em teletrabalho, todos em casa mais tempo e ao mesmo tempo. Movemos-nos com maior frequência nos espaços comuns, ou estamos cada vez menos privados uns dos outros.  Agora precisamos partilhar os mesmos utensílios, de lazer e de trabalho, a largura de banda (afinal não é tão larga assim!), e até o ar que nos rodeia, saturado de odores, sons, temperaturas, vivências de uns e outros, tudo parece fazer-nos cócegas, incomodar, apertar, tirar o ar. O autodomínio que tínhamos, o ‘deixa para lá’, ‘oh pá vou ali e já volto’, ‘não ligues’ parece começar a abandonar-nos.

Com a sensibilidade à flor da pele e a irritabilidade a fervilhar nas entranhas, tornamo-nos mais permeáveis ao comportamento do outro. Vêm então ao de cima as esquisitices, as picuinhas, as generalizações, os exageros, o ‘é sempre a mesma coisa’, ‘parece que nunca aprende’, ‘só quer saber dele’, o ‘não faltava mais nada, querem lá ver!’.

E estas coisas que os psicólogos chamam de viés ou distorções cognitivas, que tão arduamente fomos enterrando, com aulas de inteligência emocional e gestão de conflitos, práticas de mindfulness e coaching, começam a aflorar, e a querer florescer, como ervas daninhas depois de uma chuvada de primavera.

teletrabalho

Apetece gritar, dizer dois ou três disparates, e com que consequências?

E depois só apetece gritar, dizer dois ou três disparates, bater com a porta, ir passear o cão que não temos, sair para a rua, ter de voltar para trás porque nos esquecemos da máscara, e sentirmo-nos injustiçados e culpados, justificados e exagerados.

Então, depois de duas voltas ao quarteirão, a emoção sob controle, preparamo-nos para voltar. E interrogamo-nos:

  • Como quero comunicar o que estou a sentir, o que me está a incomodar?
  • Que pedido preciso fazer?
  • Como posso chamar a atenção sem magoar?
  • Como posso aproveitar esta oportunidade de estar mais presente na vida de quem amo para os ajudar a crescer, a desenvolver?
  • Mas como o faço sem gerar resistência, hostilidade, frustração?
  • Como comunico de modo a criar abertura, aceitação, curiosidade, vontade de experimentar, gratidão?

Como posso chamar a atenção com gentileza e eficácia?

Uma via é recuperar da caixa de ferramentas as metodologias de dar e receber feedback, isto é, formas de elogiar e chamar a atenção com gentileza e eficácia.

Se quiser companhia, venha experimentar connosco. Pois, em apenas duas horas online, numa sessão interativa e dinâmica, partilhamos consigo um método e uma ferramenta de aplicação imediata para reavivar as suas relações pessoais e profissionais!

 

Isabel Vilhena

Executive & Team Coach

Career Advisor & Trainer

5 reações negativas ao feedback

Porque tememos dar e receber feedback? Todos concordamos que é útil conhecer se estamos a ir de encontro às necessidades e expetativas de determinada pessoa, cliente, grupo ou organização. Muitas vezes reclamamos porque não temos informação de retorno que nos permita tomar as melhores decisões. No entanto, perante uma observação que alerta para um comportamento menos eficaz, eficiente ou adequado da nossa parte, empunhamos o nosso escudo protetor e preparamo-nos para o ataque.

Estas emoções e sentimentos surgem mesmo perante um feedback eficaz, pois dependem mais do estado da nossa autoestima do quê ou do como o outro está a comunicar. Receamos a crítica, o julgamento do outro, temos medo de falhar ou que descubram que somos uma fraude, tememos ser rejeitados ou temos a sensação de não ser suficientes (inteligente, atraente, capaz…).

 

5 reações negativas ao feedback

As 5 reações negativas ao feedback de redireccionamento são, segundo The Corporate Executive Board Company, a hostilidade, indiferença, falta de confiança, desresponsabilização e choque.

As 5 reações negativas ao feedback

Hostilidade

  • Ataca a sua credibilidade e os factos
  • Não reconhece a situação, nega os incidentes ou desvaloriza o impacto das suas ações

Indiferença

  • Reage com apatia
  • Não se compromete totalmente com a melhoria

Falta de confiança

  • Inseguro da sua capacidade para melhorar
  • Aversão a correr riscos

Desresponsabilização

  • Pode reconhecer a veracidade dos factos, mas não assume a responsabilidade
  • Mostra de forma indireta que não se compromete a mudar.

Choque

  • Fica zangado e reage de forma emotiva

5 reações negativas ao feedback

Estas reações instintivas ligada às necessidades básicas de sobrevivência e proteção, este  medo real ou imaginado, já que o nosso cérebro parece não distinguir um do outro, mantem-nos seguros, mas também impede-nos de arriscar, capacidade crítica para a inovação, co-criação, colaboração e desempenho.

O receio de escutar o que não queremos ouvir, sendo que amiúde não é tanto o que nos dizem que nos magoa, mas antes a interpretação que fazemos do que nos é dito, ou então o temor da reação do outro ao nosso feedback, afasta-nos de utilizar esta ferramenta com a regularidade necessária. E quanto menos usamos, menor é a possibilidade de nos tornarmos confortáveis e quiçá mestres na sua arte.

Dessensibilizar a reação ao feedback

Mas será possível reduzir a sensibilidade e aumentar a tolerância à crítica, e usufruir plenamente de todo o potencial de um feedback eficaz? Conseguir dar e receber feedback, seja um elogio ou uma chamada de atenção, sentindo-me confortável, agradecido ou satisfeito, com aquela emoção agradável de quando oferecemos ou recebemos uma dádiva?

Dessensibilizar a reação ao feedback

O processo de dessensibilização começa no que escolhemos pensar e sentir acerca do feedback. Se o emitirmos com o genuíno intuito de contribuir para o sucesso do nosso interlocutor e se o recebermos como um incentivo ao nosso desenvolvimento; se aceitarmos que o outro tem uma visão diferente e a encararmos com curiosidade e empatia, e se ambos nos permitirmos explorar as nossas visões e emoções e assim aprendermos em conjunto, é possível com gentileza e persistência mudar o padrão de reação ao feedback.

Firme com o assunto, gentil com a pessoa

Ancorados num olhar positivo do feedback, podemos agora dar atenção ao nosso interlocutor, começando por escutá-lo para o compreender. Uma boa prática é começar com uma pergunta, em vez de uma afirmação. Deixar que seja o outro a falar da situação e a identificar as ações para a mudança.

Caso a pessoa ainda não esteja aberta a este tipo de abordagem, é recomendável descrever os comportamentos inadequados de forma positiva, especificando a mudança desejada e os seus benefícios. O foco é assim no comportamento futuro, evitando repisar os erros passados que provocam as reações adversas já referidas.

Invista em “apanhar as pessoas a fazer coisas bem feitas” e reconheça, não só porque precisamos de vários elogios para equilibrar uma chamada de atenção, mas também porque ajuda a reforçar a segurança psicológica, a empatia e a confiança, que promovem maior abertura à crítica. Canalize a energia do medo para a curiosidade, autodescoberta e desenvolvimento.

Se, ao invés, o feedback lhe for dirigido, e não o considerar oportuno ou fundamentado, em vez de se ocupar com negações ou justificações, interrogue-se: o que fiz ou disse que levou esta pessoa a interpretar a situação desta forma? O que posso aprender com este comentário? E agradeça ao seu interlocutor.

Um feedback eficaz, seja um elogio ou uma chamada de atenção, é uma oportunidade de aprendizagem para quem dá e recebe. Não deixe que o medo o impeça de desenvolver esta competência crucial na interação com o outro. Dê atenção às emoções e motivos que o movem a si e ao seu interlocutor e canalizem essa energia para extrair o máximo de benefícios para o vosso crescimento.

Feedback Eficaz

  • Sente-se constrangido quando tem de chamar a atenção a alguém ou mesmo elogiar?
  • O que diz parece não ter o efeito desejado?

Ao dominar esta competência crítica na interação com os outros, irá sentir-se mais confiante e capaz de comunicar com clareza o que pretende e facilitar a adesão do outro à sua mensagem.

Conheça a Ferramenta Feedback Eficaz integrada na “Caixa Mágica” ToolBox Wif-academy

 

ToolBox-wif-academy

 

A ideia de criar minúsculas dinâmicas formativas de 2 a 4h em redor de uma ferramenta, veio da nossa experiência enquanto coaches individuais e de equipa, facilitadores, formadores e consultores, onde nos foi sempre útil ter uma boa caixa de ferramentas. Adoramos a nossa caixa mágica e queremos partilhar consigo as ferramentas que tiveram mais sucesso connosco e que o vão ajudar a liderar a sua equipa, a sua organização e a si próprio.

Numa época em que nos pedem para ser ágeis e eficazes, criativos e colaborativos, visionários e pragmáticos, enfim, super-heróis, precisamos de ferramentas de fácil compreensão e utilização, que sintetizem de forma rápida, clara, específica e estruturada, a informação que necessitamos para diagnosticar, planear, organizar, criar, desenvolver, implementar, comunicar ou avaliar uma determinada situação.

E este é nosso desafio para si. Venha experimentar connosco! Queremos que saia da ação entusiasmado e confiante para aplicar a ferramenta de imediato na sua vida pessoal ou profissional. Criámos uma metodologia que dá especial enfoque à experimentação, interação e colaboração entre os participantes, aproximando-se do ambiente presencial e facilitada pelas tecnologias digitais.

ToolBox Wif-academy

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