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Razões para não haver reforço positivo

Acreditamos que todos sabemos que o reforço positivo é bom e muito contribui para que os colaboradores se sintam realizados e motivados. No entanto continua a ser difícil encontrarmos pessoas que nos dizem receber do seu líder reforço positivo regularmente… Porque será? Não há dúvida de que os líderes desempenham um papel fundamental na motivação dos membros da equipa e na promoção de um ambiente de trabalho positivo. No entanto, muitos líderes hesitam muitas vezes em dar um reforço positivo aos seus colaboradores, mesmo quando o merecem. Vejamos as razões que podem impedir o feedback positivo:

Os líderes receiam ser acusados de terem favoritos – Quando alguém se destaca na equipa e merece frequentemente reforço positivo, pode surgir o receio de que elogiar e recompensar frequentemente este colaborador, possa ser visto como favoritismo, prejudicando a moral da equipa e criando um ambiente de trabalho negativo. Importa pensar nas consequencias deste receio:

  1. A pessoa que se destaca pela positiva se não se sentir reconhecida poderá procurar outra equipa onde se sinta bem, e a atual equipa perde um bom elemento.
  2. As outras pessoas também reconhecem o valor do colega e ao perceberem que não é valorizado retiram como conclusão que não vale a pena esforçarem-se e serem bons, pois para o líder são e serão sempre todos iguais.

O ambiente de exigência sem reconhecimento leva a uma falta de motivação e a uma diminuição na produtividade na equipa. E o que era uma boa intenção do Líder em não ter favoritos pode ser uma causa clara da desmotivação e fraca produtividade da equipa.

Os líderes podem não se sentir próximos o suficiente dos colaboradores para dar um feedback de reforço positivo – O reforço positivo passa pela atitude de salientar o que de bom se faz no desempenho regular do trabalho. Se um líder está longe ou não tem um relacionamento próximo com os membros da equipa, pode sentir-se inseguro em dar feedback positivo, pois nem sequer sabe como o fazer, dado que não vê ou tem acesso a muitas das oportunidades de reforçar positivamente a sua equipa. Ao construir uma conexão mais profunda, e uma relação mais informal terá uma melhor compreensão da realidade e terá acesso a informação que de outra forma não tem. Neste pacote de relacionamento informal terá concerteza diversas possibilidades de dar reforço positivo.

Alguns líderes podem simplesmente não se sentir confortáveis em dar um reforço positivo – A liderança frequentemente, e mesmo inconscientemente, é espelho da forma como já fomos liderados. A ausência de reforço positivo é uma constante dos estilos de liderança habituais no passado. Assim os líderes atuais  podem estar mais confortáveis em fornecer feedback de melhoria, não valorizando as conquistas e esforço das suas pessoas. Mas, cada vez mais os colaboradores sentem e verbalizam a necessidade de ser reconhecidos e sabem reconhecer e valorizar os novos estilos de liderança, procurando-os. A liderança é um dos elementos que muito influencia a perda ou a retenção de talento, pelo que o líder precisa desenvolver-se e escolher conscientemente o seu estilo de liderança, assim como adequar esse estilo às pessoas e circunstâncias em que lidera. A liderança aprende-se e treina-se!

 

Alguns líderes podem estar tão focados nos resultados e no que ainda está por fazer que não estão focados no que de bom já acontece, e que é a base do reforço positivo – Acreditam que o trabalho em si deve ser motivador o suficiente, e que “as pessoas não fazem mais do que a sua obrigação”, pelo que elogios e recompensas são desnecessários. Estão focados na operação e esquecem a sua responsabilidade em desenvolver as suas pessoas. No entanto, isso  leva a uma falta de envolvimento dos colaboradores e satisfação no trabalho, sentindo-se como autómatos e não pessoas colaborantes o que afeta claramente e negativamente o desempenho, produtividade e sucesso da equipa.

 

Alguns líderes podem nunca ter experienciado um reforço positivo – Podem ter trabalhado em ambientes onde o reconhecimento e o elogio não era utilizados, tendo como consequência a falta de entendimento do valor do reforço positivo e como fornecê-lo efetivamente à equipa. Esta falta de experiência pode fazê-los sentir-se inseguros ou desconfortáveis quando se trata de dar reforço positivo, ou talvez até não tenham ainda a consciência desta ferramenta eficaz da liderança e desenvolvimento de pessoas.

Poderá depois haver razões mais pessoais e até traços de personalidades que naturalmente usam mais ou menos esta ferramenta de desenvolvimento, pelo que é crucial construir um cultura de feedback positivo na equipa upside down e entre pares.

Há várias razões pelas quais os líderes podem hesitar em dar reforço positivo, no entanto, é fundamental que compreendam a sua importância e como este pode impactar o desempenho e satisfação profissional dos seus colaboradores.

Ao priorizarem e confiarem no poder do feedback de reforço positivo, podem criar um ambiente de trabalho harmonioso que promove a motivação, a autoestima, a autoconfiança dos colaboradores e melhor desempenho e sucesso da equipa.

Este é um tema onde apenas treinando e experienciando se consegue perceber os resultados e vantagens obtidas. Assim,  é crucial que o líder esteja focado no que a equipa faz de bem e no esforço que faz para alcançar os ambiciosos resultados ou implementar novas soluções, e esta talvez seja a mudança mais importante que o líder precisa iniciar por realizar em si mesmo.  Isso fará com que este reforço positivo seja genuíno, autêntico e sincero.

Quer iniciar a sua experiência de dar reforço positivo? Começe hoje, agora já! O que hoje já aconteceu de bom que é por si valorizado?

Ana Sousa

Executive & Team Coach, Life Coach, Facilitadora, Consultora

Managing Partner WIF Partners

Líderes Emocionalmente Inteligentes – Precisam-se!

“Tens que saber cuidar das tuas pessoas!” Se é líder, provavelmente já ouviu esta frase! E se calhar já pensou: “O que é que isto quer dizer? Não sou pai ou mãe de ninguém…”

A verdade é que continuamos todos a ser postos à prova! A incerteza, dúvida, ansiedade, continuam a ser sentimentos cada vez mais frequentes, intensos e manifestados pelas pessoas! De repente fala-se de flexibilidade, saúde mental e segurança emocional. Assuntos que eram tabu, começam a deixar de o ser – felizmente! E as organizações e as lideranças têm que se adaptar, inovar e catalizar mudanças a uma velocidade cada vez maior. As pessoas passam a estar no centro – finalmente!

São necessárias medidas e estratégias organizacionais, para desenhar novos cenários e soluções quase em tempo real, que ofereçam suporte a estas mudanças.

Cabe aos líderes absorverem eles mesmos estas mudanças, desenharem novas soluções e saberem lidar emocionalmente com elas. Precisam de as compreender, identificar o impacto e as alterações que revelam ter na sua equipa e, encontrarem o caminho para restabelecer o ambiente de confiança e clareza que é necessário numa organização.

Então, como podem os líderes fazê-lo?

É aqui que entra a grande máxima: “antes de colocares a máscara de oxigénio nos outros, coloca-a primeiro em ti!”, ou seja é fundamental que o líder possua um profundo autoconhecimento, que se “trabalhe interiormente”,  se desenvolva primeiro enquanto ser humano  e tome consciência do papel que desempenha dentro da sua equipa. No fundo, que desenvolva a sua inteligência emocional. Além disso, é importante que os líderes compreendam que estão expostos e podem ser vistos como guias emocionais pelas suas pessoas; e que, sendo as emoções contagiantes, é necessário que estes as saibam gerir. Essa capacidade advém da inteligência emocional.

Para quê desenvolver a Inteligência emocional?

 Gostamos de dizer que a inteligência emocional é a capacidade que cada ser humano tem de compreender e gerir as suas emoções e de estabelecer relacionamentos saudáveis com os outros. E que é fundamental, para lidar com cenários de mudança e incerteza e para estabelecer ambientes de segurança e estabilidade. A Inteligência Emocional aprende-se e desenvolve-se; a mudança de comportamento vai acontecendo com a tomada de consciência e treino consistente. É  crucial que as lideranças sejam emocionalmente inteligentes!

Sob a orientação de Líderes emocionalmente inteligentes as equipas:

  • Sentem-se mutuamente apoiadas;
  • Partilham ideias;
  • Estabelecem elos emocionais;
  • Tomam decisões em clima de colaboração;
  • Geram interajuda e cooperação;
  • Ganham autonomia e desenvolvem-se.

Os líderes emocionalmente inteligentes, cuidam das suas pessoas, contribuem para a segurança emocional das suas equipas e geram pessoas felizes em organizações sustentáveis.

 

E agora que esperamos ter despertado a sua curiosidade e vontade em desenvolver a sua Inteligência Emocional, poderá esta a pensar: “existem tantas abordagens para o desenvolvimento da liderança com inteligência emocional, que não sei como escolher.” A nossa recomendação é que procure uma abordagem na qual sinta adesão à sua realidade e com a qual se sinta acompanhado na sua mudança de forma consistente. Um programa misto de formação e de acompanhamento com coaching poderá ser uma excelente abordagem para si.

 

Paula Resende

Executive & Team Coach, Life Coach, Facilitadora, Consultora

Managing Partner WIF Partners

www.wif.pt

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