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7 Ferramentas para definir prioridades

7 Ferramentas para definir prioridades para uma gestão do tempo eficaz

Num ambiente volátil, incerto, complexo e ambíguo (VUCA) somos desafiados a cada momento a tomar decisões, cujo impacto é muitas vezes imprevisível. Se as solicitações que nos chegam diariamente parecem ilimitadas, uma certeza temos: o tempo disponível é limitado. Como podemos então fazer a escolha acertada: ao que dar atenção agora, adiar para mais tarde ou simplesmente deixar cair?

Um dos 9 Passos para uma gestão do tempo flexível é a priorização. Saber definir prioridades é uma competência valiosa mas exigente, pois são diversos os fatores que temos que considerar: necessidades das partes interessadas, tempo e recursos disponíveis, urgência, impacto, risco, atratividade etc. Este reconhecimento impulsionou o desenvolvimento de diversas ferramentas com o intuito de facilitar o processo.  Escolhi 7 para partilhar consigo.

  1. Urgente/Importante
    Uma das mais conhecidas ferramentas de priorização é a matriz Urgente/Importante de Dwight D. Eisenhower (ex-Presidente dos EUA). Ajuda a diferenciar o que é importante, i.é,  tarefas que contribuem para o alcance dos resultados,  do que é urgente e necessita de ação imediata.

definir prioridades

Segundo Stephen Covey, autor do best-seller Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, devíamos concentrar 80% do nosso tempo e recursos no que é Importante e Não Urgente, sendo que o restante tempo seria ocupado com as crises – assuntos urgentes e importantes. As restantes categorias não deveriam merecer da nossa parte qualquer atenção.

2. Princípio 80/20

O princípio de Pareto – 80% das consequências advêm de 20% das causas – é comummente usado para ilustrar a tendência de que a maioria dos resultados que obtemos advém de 20% das tarefas, recursos ou esforços realizados. O desafio reside em determinar em que consistem esses 20%.

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Podemos usar um diagrama de Pareto, um gráfico de colunas que ordena as frequências das ocorrências, da maior para a menor, para priorizar as situações em análise, e perceber quais das nossas ações nos permitem ser mais eficientes e eficazes, i. é, alcançar os resultados pretendidos com menos esforços. Para tal precisamos ter um histórico de dados em que basear a nossa análise.

3. Matriz Impacto vs Esforço

A matriz impacto versus esforço compara o valor de uma tarefa com o esforço despendido para a executar. Atividades de baixo esforço mas com um retorno elevado ocupam os primeiros lugares na lista de prioridades, seguidas de perto por projetos com elevado valor mas  mais exigentes (estrelas). Esta análise pode basear-se numa estimativa subjetiva do valor ou numa avaliação mais rigorosa, recorrendo, por exemplo, a uma análise custo-benefício que inclua dados financeiros, económicos, de risco e sensibilidade.

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À semelhança do que acontece na matriz urgente/importante, o foco deve ser colocado nas tarefas localizadas nos quadrantes superiores. Nas restantes categorias encontram-se atividades que podemos delegar ou fazer outsourcing, eliminar ou relegar para a lista “Talvez um dia…”.

4. Priorização em equipa

Em contexto de equipa é uma boa prática envolver os seus membros na definição de prioridades. Cada elemento identifica 3 prioridades e as mais sugeridas são debatidas e ordenadas. Se for necessário, após obter a lista com todas as prioridades, dar a possibilidade aos membros da equipa de votarem nas suas preferências. Podem ser distribuídos 3 votos a cada pessoa que os distribui como pretender pelas ações que considerar mais relevantes.

Assim serão consideradas diferentes perspetivas, todos poderão contribuir e chegar a uma lista mais consensual, elevando o compromisso e a responsabilidade coletiva.

5. ABCDE

Quando as tarefas são complexas e parecem ter o mesmo nível de importância, podemos utilizar o  método ABCDE de Brian Tracy que, em vez de manter todas as tarefas num único nível de prioridade, oferece dois ou mais níveis para cada tarefa. O objetivo é olhar com mais atenção para cada tarefa e facilitar a clarificação do seu nível de prioridade.

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Comece por identificar as atividades que quer priorizar, agrupe-as por grau de importância,  atribuindo a letra A às de importância muito elevada, a letra B às Importantes, a C às de importância média, e assim sucessivamente até E. De seguida, dentro de cada grupo, disponho-as pela ordem em que as vai executar.

6. Comparação por pares

Partindo de uma lista de prioridades, e caso tenha dificuldade em decidir por onde começar, pode comparar uma prioridade com todas as outras, perguntando-se: se só pudesse escolher uma, qual seria? Esta análise é útil quando os fatores de avaliação são subjetivos ou inconsistentes. De certo modo põe à prova as nossas preferências iniciais, desafiando a nossa intuição e raciocínio.

Comparação por pares

7. Matriz de Decisão

Se pretender uma análise mais aprofundada, identifique um conjunto de critérios, podendo equilibrar fatores objetivos e subjetivos, e componha uma matriz de decisão.

Matriz de Decisão

Pode atribuir pesos diferentes a cada critério, multiplicando-os pela classificação que atribuir a cada fator. A atividade que reunir mais pontos é a prioritária.

Em síntese

Qualquer processo de priorização inicia-se com a definição objetiva e quantificada dos resultados que se pretende alcançar numa determinada área de atividade, seja ela do âmbito pessoal ou profissional. Quanto mais claro for para si o que pretende atingir, mais fácil será definir as ações prioritárias que lhe possibilitarão ser bem-sucedido. No entanto, se ainda não está seguro, a utilização destas ferramentas de priorização também pode facilitar a clarificação dos resultados, porque vão levá-lo a equacionar o que pretende alcançar a partir de diferentes perspetivas, fatores e critérios. E não se esqueça de ser realista com a quantidade de tarefas que pode executar e flexível com os desafios que se atravessarem no seu caminho.

Se quer aprender e experimentar connosco, veja as oportunidades que temos para si!

Isabel Vilhena
Executive & Team Coach, Senior Consultant & Trainer

 

 

 

9 Passos para uma gestão do tempo flexível

Não gerimos o tempo, gerimo-nos a nós próprios. Temos 24horas num dia, nem mais, nem menos, mas a forma como escolhemos usufrui-lo depende inteiramente de nós, dos compromissos que assumimos connosco e com os outros. Podemos deixar que sejam as outras pessoas e as circunstâncias a determinar a nossa gestão de tempo, o nosso rumo ou podemos encontrar um equilíbrio flexível entre aquilo que queremos e aquilo que nos acontece.

Ser líder do nosso tempo é mais fácil quando iluminado pela clareza do propósito, dos valores, dos objetivos, dos motivos que nos movem. São eles que sustentam a ação diária, dão fundamento às escolhas que fazemos, ajudam a fazer sentido do que nos acontece, permitem-nos encarar os imprevistos como mais- valias para a jornada, amenizam as adversidades e trazem mais sabor às vitórias.

Os primeiros 4 passos têm esta finalidade, ou seja, criar os alicerces para uma gestão do tempo sustentável. Os 4 passos seguintes sustentam e facilitam a ação e o último conclui o ciclo com a reflexão que fortifica e renova o processo.

1 – Descoberta do Propósito

O primeiro passo para aproveitar o melhor possível o seu tempo é descobrir o seu propósito, a sua missão de vida. Quem sou na minha essência, o que valorizo e que diferença quero fazer no mundo? Existem vários métodos que pode usar para descobrir o seu propósito como o Life Purpose© da SUNi ou a técnica japonesa IKIGAI.

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2 – Diagnóstico da situação atual
De posse do seu propósito, olhe para a forma como está a viver as diferentes áreas da sua vida, saúde, lazer, trabalho, família…, identifique o que está a funcionar como gostaria e os aspetos que quer melhorar. Pode recorrer a ferramentas como a Roda da Vida.

3 – Visualização da situação desejada
Use então a técnica da visualização para imaginar um momento no futuro em que já está a viver como gostaria em todas as áreas da sua vida com bem-estar e plenitude. Feche os olhos e veja-se lá e observe sensorialmente todo o ambiente que o rodeia, imagens, cor, som, sensações, odores, o quê e quem está por perto, a pessoa que é, o que está a fazer, o que conquistou, o que sente, como impacta o ambiente e as pessoas ao seu redor.
Então olhe para trás e observe o seu percurso para chegar aqui. O que fez, que hábitos adotou, que obstáculos transpôs, que alterações introduziu, o que aprendeu, o que o motivou e deu energia para persistir?

4 – Clarificação de objetivos e resultados
Agora que já sabe onde está e onde quer chegar, concretize os objetivos que quer alcançar. O que quer ser, ter, fazer, quando (prazo), como vai saber que lá chegou (metas quantificáveis) e, principalmente, porque é importante para si. Não se esqueça do impacto que a realização deste seu objetivo tem no mundo que o rodeia. Precisamos de desenvolver a nossa consciência ecológica e sustentável e tê-la presente em cada decisão que tomamos.
Para o ajudar a clarificar os seus objetivos use ferramentas como SMARTER, PURE, CLEAR.

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5 – Desdobramento dos objetivos no tempo: ano, mês, semana
Com os objetivos bem definidos, desdobre-os em objetivos ou resultados mais pequenos e distribua-os pelo tempo que definiu para os atingir. Se tiver, por exemplo, objetivos a 3 anos, identifique qual o resultado que quer alcançar em cada ano. Depois identifique o resultado que quer alcançar em cada mês e em cada semana. Determinados objetivos exigem ação diária, semanal ou mensal, outros podem necessitar de apenas uma ou duas ações para serem alcançados.

6 – Identificação das ações a executar
Os objetivos necessitam de ações para se concretizarem. Para cada objetivo ou resultado a alcançar, identifique as atividades, tarefas e subtarefas que precisa executar. Pense no que tem de fazer e também em quem tem de ser para que o resultado que quer alcançar esteja alinhado com o seu propósito, valores e princípios de sustentabilidade, e no final, se sinta realmente realizado.

7 – Calendarização das atividades
Agendar as tarefas é o passo seguinte. Construa uma agenda semanal que possa agregar tudo o que necessita para manter a sua atenção, energia e motivação no seu melhor. Escolha para cada semana um resultado, uma ação derivada dos seus objetivos maiores. Pode ser algo pequeno, rápido e fácil de executar, mas vai mantê-lo conectado com o que é realmente importante para si. Identifique uma ação prioritária para cada dia – Qual a tarefa mais importante que posso fazer hoje? – e um hábito que queira trabalhar durante a semana. Uma agenda como o Diário do Foco pode ajudá-lo.

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8 – Definição de prioridades
Que bom seria poder focar-se maioritariamente no que é realmente importante para si. Contudo vivemos em comunidade, somos um ser social e derivamos grande parte da nossa satisfação e sentido de realização da conexão que estabelecemos com os outros. Isto significa que aquilo que é importante para os outros também exige o seu contributo, a sua colaboração. Assim, há que equilibrar o que quer com o que os outros precisam de si.
Então como é que se gere esta tensão? Em cada momento precisa escolher o que fazer e não fazer, ou deixar para mais tarde. É o que designamos de priorização. Se por um lado, o tempo é limitado, as solicitações que nos chegam parecem ser ilimitadas. Saber priorizar é uma competência valiosa e são muitas as ferramentas desenvolvidas para facilitar este processo. Uma das mais conhecidas é a matriz Urgente/Importante de Eisenhower, que conjugada com uma análise de Pareto pode ajudá-lo a decidir em que tarefas despender a maior parte do seu tempo e esforço. Segundo o principio de Pareto, 80% dos resultados advêm de 20% dos esforços.

9 – Reflexão
Por fim, para que este esforço de alinhamento e priorização seja sustentável, há que reservar na sua agenda um espaço para rever a sua semana, planear a seguinte e refletir sobre o que aprendeu e como o pode introduzir no próximo ciclo semanal. Este é um dos hábitos mais citados como determinantes para o sucesso, segundo o testemunho de várias das personalidades mais bem-sucedidas do mundo.

Este processo de 9 passos é inicialmente exigente, mas se for persistente, em pouco tempo tornar-se-á um hábito que lhe trará o bem-estar e a satisfação de ser “dono do seu tempo”. Encontre um parceiro de jornada, um amigo, colega, familiar ou profissional de coaching, e desafiem-se!

Se quer aprender e experimentar connosco, veja as oportunidades que temos para si!

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