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Que caminhos percorrer para ser Feliz?

Muito se tem escrito sobre Felicidade e se, é possível sermos real e consistentemente pessoas felizes.

Este é um tema difícil, mas sinto que isso passa muito por raramente se falar das virtudes, daquilo que nos faz sentir brilho interior. Reconhecermos, ou identificarmos em nós este brilho, esta alegria de viver, esta força que nos vem de dentro, o que que nos faz sentir – “pessoas felizes”, acontece por autoconhecimento. Só quando estamos treinados a viajar ao nosso interior e dar nome ao que lá se passa é que conseguimos ver e perceber que aí também existem elementos muito bons que nos dão muita alegria e satisfação. A isto eu chamo “brilho interior”.

Esta felicidade, esta força, ninguém nos consegue retirar, anular ou reduzir, pois só nós próprios temos a chave para este nosso cofre – o nosso interior.

O que nos rodeia, o que nos pode intoxicar, na verdade só tem esse poder se nós permitirmos e se nós dermos autorização para penetrar e atuar em nós.

Dir-me-á: – Não sei se, será mesmo assim! Sei que é muito difícil assumi-lo e entendê-lo. Frequentemente temos tendência para nos desculparmos ou reduzirmos o nosso contributo ao deixarmos que o que nos acontece de mal, ou externamente, nos afete interiormente. Acredito que todos nós temos escolhas. No entanto, quando não temos noção ou consciência das nossas escolhas, é como se não existissem.

Como posso então identificar as escolhas que me fazem feliz?

Aí estamos a falar de sabedoria, de autoconhecimento, de ganho de consciência das nossas crenças, motivações, traumas e virtudes. Assumir o que há de muito bom e especial em nós é tão difícil de identificar quanto o que nos é menos agradável – os nossos defeitos. Acima de tudo é importante aceitarmos o que somos e entender as motivações que nos fazem agir como agimos. Conhecer isto ajuda muito a entendermos e a sentirmos compaixão por nós mesmos. Aceitarmos a nossa realidade é fundamental para nos transformarmos. Se andarmos a lutar contra nós mesmos, não conseguiremos mudar nada, pois gastamos toda a nossa energia em nada fazer acontecer.

QuanO que saber para ser Feliz!do conseguimos identificar, aceitar e depois querer fazer diferente, sentimos então a vontade de experimentar o novo e isso leva à transformação. Para que esta mudança esteja orientada ao caminho da nossa felicidade, é fundamental que consigamos frequentemente entrar em contacto com as nossas virtudes.

São elas que nos dão satisfação interior, que nos fazem sentir realizados, que nos revelam o nosso brilho interior. À luz do Eneagrama são exemplo de virtudes:

 

–  o desapego, como largar o que já não me é útil, seja emoção, pensamento ou coisas materiais – quem já experimentou dar o que tem a quem precisa mais sabe que a gratidão que gera é muito gratificante;

– a caridade, no sentido de estar disponível para cuidar;

– a serenidade, ou seja, lidar com as adversidades com paz interior;

– a veracidade, perceber e valorizar o que é verdadeiro e autentico;

–  o equilíbrio emocional;

– a valorização de nós mesmos e dos outros;

– a humildade que possibilita estar disponíveis para o que seja necessário;

– a perseverança, a capacidade de ultrapassar dificuldades insistindo no agir que sabemos nos vai levar a bom porto e a resultados que nos deixam felizes;

– a inocência, que nos retira a necessidade de tudo controlar;

– a coragem, como capacidade de agir guiados pela voz do coração.

 

Então, em vez de nos prepararmos ou reagirmos em luta contra nós próprios ou contra “outros”, importa descobrirmos que a Felicidade vem de dentro de nós, da nossa capacidade e treino de escolhermos entrar em contacto com as nossas virtudes e aptidões, aplicando-as no dia a dia, colocando-as ao serviço de quem delas precisar. E isto é um processo de aprendizagem, experimentação, desenvolvimento e acima de tudo, transformação saudável e consistente.

Eu dou suporte a este meu processo através do conhecimento que o Eneagrama me traz, e sinto-me uma pessoa Feliz. Qual o caminho ou processo já iniciado por si? A nossa vida é uma só, e vale a pena ser vivida com felicidade interior.

 

Ana Sousa

Executive & Team Coach, Life Coach, Facilitadora, Consultora

Managing Partner WIF Partners

Conhecer o Propósito de Vida é importante: Saiba porquê!

 

Está em alinhamento com o seu Propósito de Vida?

Felicidade e Bem-estar. Duas expressões que agradam ao Ser Humano, sendo que a primeira sempre foi, e continua a ser, muito questionada, porque afinal o que é ser feliz? O que precisamos para o ser? O que faz uma pessoa feliz pode não fazer outra.

 

Aliado a estas duas expressões encontra-se o Propósito de Vida. Todos nós temos um e é importante que o descubramos e vivamos em alinhamento com ele. Porquê? Porque o Propósito de Vida é o “para quê” de cada um, a razão de ser da sua existência e relaciona-se com o Significado que dá à vida, em todas as ações e situações do dia a dia – das mais pequenas e quotidianas, às maiores e mais impactantes. É o GPS que o direciona e que está ligado à sua essência e àquilo que de melhor tem – o seu Ser.

Viver alinhado com o Propósito, permite aumentar a eficácia, bem-estar e facilita o estabelecimento de objetivos, metas e planos a longo prazo, tendo em linha de conta aquilo que é importante na vida de cada um.  Ajuda também a estarmos ao serviço da sociedade e dos outros, com o que somos de melhor e com sentido de vida.

 

Benefícios de ter um Propósito de Vida

Há vários estudos e autores que explicam os benefícios de ter um Propósito de Vida e de viver em conformidade com ele.

Viktor Frankl, no livro O Homem Em Busca de Um Sentido, conta na primeira pessoa o período do Holocausto, referindo que aqueles que tinham um Propósito conseguiram mais facilmente suportar as atrocidades vividas nos campos de concentração.

Ana Carolina Shinoda[1], uma doutorada em Propósito de Vida, também considera que ter um Propósito dá-nos mais clareza acerca das nossas prioridades. Ajuda-nos a perceber onde gastar e investir a nossa energia e foco nos momentos mais complicados.

Além disso, o Propósito de Vida é ainda um forte aliado da Longevidade, segundo um estudo feito pelo Centro de Longevidade de Standford, que adianta também que as pessoas que acreditam que a sua existência tem um significado acabam por ter níveis mais reduzidos de cortisol, ou seja, são pessoas menos stressadas[2].

No Japão a preocupação em ter um Propósito de Vida é evidente. Em estudos feitos sobre esta temática, os investigadores revelam que não ter um Propósito de Vida (ikigai é a expressão utilizada neste país da Ásia Oriental) conduz a um risco 60% maior de morrer de doenças cardiovasculares.

 

Como encontrar o meu Propósito de Vida?

 

Como pode perceber, viver alinhado com o seu “para quê” só lhe trará coisas boas. Encontrá-lo é que exige alguma concentração e conexão consigo mesmo e é normal que não o descubra sozinho ou do dia para a noite.

O nosso conselho é que reflita sobre si e as suas paixões e descubra aquilo que o faz sentir bem, ou melhor ainda, o que o faz feliz. Respeite-se, e analise-se com calma. É mesmo um processo de autorreflexão e autoconhecimento.  Por outro lado, o Propósito de Vida de cada um não está ligado apenas consigo próprio, mas com o impacto que tem nos outros e no Mundo. Isto porque vivemos em comunidade e o legado que cada um deixa é no mundo e não em si próprio.

Descobrir o seu Propósito de Vida demora algum tempo e pode fazer o seu processo de descoberta sozinho ou com acompanhamento. Ao escolher fazê-lo acompanhado, pode recorrer a um coach profissional que o saiba fazer – idealmente, que seja certificado para o fazer – e que o ajudará processualmente a encontrar o seu Propósito.

 

Ter um Propósito e viver alinhado com ele não significa que não sejam feitos, por vezes, alguns desvios. É mesmo natural que estes desvios aconteçam! O importante é que, graças ao conhecimento prévio que tem do seu “para quê”, reconheça quando é que se está a desviar dele para, assim, retomar o caminho em alinhamento. Ao conhecê-lo poderá percepcionar o quanto o seu Propósito lhe facilita a sua melhor escolha e decisão.

Encontre o seu Propósito e depois observe que, a partir do momento em que o tem presente na sua mente, muitas das decisões que precisará de tomar na vida se tornarão mais fáceis e naturais, como que iluminadas por um farol, que é só seu e não se apaga mais.

Quer descobrir o seu Propósito de Vida?
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[1]
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-06022020-174305/publico/CorrigidaAna.pdf

 

[2]https://www.publico.pt/2021/01/06/impar/noticia/ciencia-revela-proposito-vida-segredo-longevidade-1945114

 

3 passos base para incorporar aprendizagens

 

Este ano, que aprendizagens lhe trouxe? Consegue lembrar-se de todas ou a sua memória está a ser traiçoeira consigo?

É facto assente que aprendemos muitas coisas durante um ano. Afinal de contas, são 365 dias em que temos a oportunidade de fazer diferente e de aprender com aqueles que se cruzam no nosso caminho.

É certo que alguns dias são idênticos e rotineiros, mas repare que uma ida para o trabalho não é sempre igual, pois não é certo que encontre sempre as mesmas pessoas nos transportes públicos ou no trânsito. Assim sendo, todos os dias são válidos para aprender algo.

Se para si for importante chegar ao final do ano e refletir acerca das aprendizagens que fez, as questões que pode estar a colocar são: “Como é que posso salvaguardar que me lembro de tudo aquilo que aprendi num ano? Como é que memorizo todas as boas práticas que passaram diante dos meus olhos e que quero levar para a vida? Algumas memorizo, mas 365 é mais complicado…”

 

Propomos-lhe 3 passos:

 

O primeiro passo é estar atento àquilo que o rodeia. Só assim conseguirá reter as informações exteriores e interpretá-las. Estar atento significa observar com todos os sentidos.  Ver com atenção o que o rodeia, escutar sons que normalmente não notaria ou ganhar consciência dos cheiros. É também observar emoções e a forma como se manifestam – em si e nos outros – e os comportamentos que geram ou que delas decorrem.

 

O segundo passo (o passo chave) é ganhar o hábito de registá-las para, assim, não correr o risco de se esquecer. Esteja um passo à frente da sua memória!

Atente que falamos de aprendizagens, ou seja, para além de atitudes mais simpáticas de alguém com quem se cruzou na rua, no café, no local de trabalho ou das reflexões inspiradoras que retirou quando leu determinado livro, também é válido, preciso e importante anotar conclusões que retira das situações mais complicadas. Registar a aprendizagem de algo que foi mais difícil reforça a mudança que isso pode gerar em si. Em todas as situações há um lado luz. Por isso, é importante que reflita sobre ele e escreva as respetivas conclusões de uma forma positiva.

A nossa sugestão é que faça o registo das aprendizagens no seu computador, telemóvel ou num caderno de forma a não perder ou esquecer.

Independentemente do sítio onde escolher escrever, o mais importante é que aí estejam apenas as suas reflexões e não outros assuntos misturados.

Ao escrever está não só a ganhar consciência, como também a permitir que o seu cérebro assimile melhor a boa prática para futura aplicação no dia a dia.

Há uma lenda árabe[1] que nos diz que “algo grandioso deve ser gravado na pedra da memória e do coração onde vento nenhum do mundo a poderá apagar.” Neste caso, ao gravar no seu computador, telemóvel ou caderno as suas aprendizagens, está a reforçar a ideia na sua memória, não permitindo que a “força do vento” seja mais forte.

 

O terceiro passo é a aplicar diariamente as aprendizagens. Ao colocar em prática, de forma consciente e consistente o que aprendemos, estamos a facilitar a criação de novos hábitos e comportamentos. Desta forma incorporamos o que vamos aprendendo, até fazer parte do quotidiano. E como continuar este processo de aprendizagem? Estar conscientemente atento àquilo que o rodeia para, assim, ir preenchendo o seu documento dos bons hábitos/coisas que quer levar para a vida.

Observe, registe e aplique! E verá o quanto se simplifica.


[1] Diz uma lenda árabe, cuja origem desconhecemos, que dois amigos viajavam pelo deserto e num determinado ponto da viagem discutiram e um deles deu uma bofetada ao outro. O amigo ofendido, sem nada dizer, escreveu na areia: “Hoje, o meu melhor amigo bateu-me no rosto.”

Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar, pegou um estilete e escreveu numa pedra: “Hoje, o meu melhor amigo salvou-me a vida.”

Intrigado, o amigo perguntou: “Porque é que quando eu te bati escreveste na areia e agora que te salvei escreveste na pedra?” Ao que o amigo responde: “Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar. Porém, quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória e do coração, onde vento nenhum do mundo poderá apagar.”

 

 

Autorevelações com Eneagrama da Personalidade

Recentemente muito se fala de Eneagrama, como ferramenta de autoconhecimento, em especial do Eneagrama da personalidade. Para alguns ainda desconhecido – “Eneagrama”, para outros autorevelação.

Eneagrama significa – figura de nove. Simples, sem dúvida!

Eneagrama

 

Autorevelações

É verdadeiramente incrível como o conhecimento milenar que está representado nesta figura me explica, potencia, ensina e revela.

Quanto mais sei, mais quero saber, de mim e deste conhecimento sobre mim e sobre a humanidade que existe em cada pessoa. Essa humanidade que está representada em cada um dos pontos e linhas desta figura.

Denominado Eneagrama da Personalidade, as suas linhas simbolizam movimento no sentido de não estagnação.

O Eneagrama ensinou-me a aceitar sem julgar

A descoberta da nossa personalidade pode não ser fácil, a minha não foi, pois no primeiro impacto não a quis aceitar mas, com auto observação e curiosidade fui fazendo o meu caminho. Hoje, reconheço que ter perseverança e continuar a querer saber mais de mim permite em muitos momentos da minha vida entender onde os processos/ mecanismos/ pilares base da minha personalidade estão presentes e determinam os meus comportamentos.

A questão é que, muito do que somos, não nos é claro, ou seja, não está na esfera da nossa consciência pois é constituído por uma compilação muito rica de emoções, sentimentos, perceções, traumas e crenças que ao longo dos anos ficaram registados no nosso inconsciente. O pior é que tudo isto não está arrumadinho sem efeitos, pelo contrário, interfere momento a momento no nosso comportamento, influenciando a nossa ação, escolhas e decisões. O Eneagrama ensinou-me a aceitar isso melhor, sem julgar. Como me ensinou ainda a ter maior consciência do meu comportamento identificando a sua origem, ou melhor, as minhas motivações.

Depois de me perceber e aceitar, consigo então escolher fazer diferente e a isso chamo transformação.

Aprendi que tudo o que eu sinto, é meu, vem do meu interior! Eu sou a protagonista e construtora de mim mesmo!

O eneagrama ao descrever as nove personalidades, revela as motivações e mecanismos padrão por nós desenvolvidos para conseguirmos lidar com a realidade do dia a dia, em especial na nossa relação com as outras pessoas, desde a nossa mais tenra idade.

Para mim uma das melhores aprendizagens conseguidas e difíceis de assumir é identificar o que me é dado a conhecer quando a vida insiste em me pôr em contacto com o que me magoa profundamente. Sei, no entanto que será assim enquanto eu não assumir, agora com uma consciência adulta, revisitar esses fatores e resignificá-los. Aprendi com tudo isto que tudo o que eu sinto, é meu, vem do meu interior! Eu sou a protagonista e construtora de mim mesmo!

A figura de nove e o seu conhecimento, expresso nas suas três leis, nos seus três centros de inteligência, nas suas diversas tríades, ao mesmo tempo que nos revela, também nos mostra caminhos de libertação. Pistas concretas para nos libertarmos das amarras e limitações da nossa personalidade, apresentando caminhos de crescimento e desenvolvimento.

Ao estudar e conhecer o eneagrama percebi quanto a minha personalidade me limita e asfixia, mas também aprendi e percebi que essa mesma personalidade me dá competências e capacidades para viver com qualidade na relação com todos as outras pessoas que me rodeiam e seus respetivos “egos”. Sim, no quotidiano, as pessoas têm tendência a viver no Ego ou muito viradas para o seu “eu” em defesa das suas personalidades, e essa é a realidade em que todos estamos inseridos. No entanto a grande revelação é reconhecer que a diferença acontece quando consigo saber isso e identificar quanto este conhecimento influencia as minhas escolhas.

Ganhar a competência de conseguir escolher com conhecimento e consciência

Quando evoluo e me desenvolvo, deixo de ter os comportamentos anteriores?

– Na verdade, não. Mas há mudanças, mesmo que o comportamento se volte a manifestar, pode assumir outra forma ou outra intensidade, mas acima de tudo deixa de ser tão permanente. Acredito que nenhum de nós deixa de demonstrar frequentemente a personalidade, e conhecê-la por si só não nos faz melhores pessoas.

No entanto, posso ganhar a competência de conseguir escolher com conhecimento e consciência qual a versão de mim que me é mais necessária face ao momento e situação. Isso passa por usar as habilidades da personalidade e instintos ou viver na melhor versão de mim mesmo. Assumir ter uma missão de vida com uma tarefa e lugar no mundo que só eu posso concretizar. Assim assumindo mais Ser, contribuir para a plenitude do Mundo, considerando aqui todas as suas dimensões: Humanidade, Natureza e Transcendência.

Hoje sei que não sou a minha personalidade, no entanto, sei que tenho uma personalidade que atua a par e passo com o meu Ser e que o pode abafar ou esconder, se ganhar excessiva presença em mim.

O desafio para ser feliz é encontrar o justo equilíbrio entre as diversas partes de mim, que me fazem ser quem sou.

Discernir o que é agir pela personalidade ou agir pela essência do Ser.

Conhecer o Eneagrama foi para mim, um ponto de viragem. Momento a partir do qual eu ganhei a responsabilidade da escolha de quem quero ser. Vejo a sua concretização nas perspetivas e valorizações que faço na escolha do meu agir, dia a dia.

Hoje, com alguns anos de caminhada consciente e aprofundamento permanente, consigo discernir melhor o que é agir pela personalidade ou agir pela essência do Ser.

A minha personalidade é a capa de defesa do diamante que tenho dentro de mim. Este diamante precisa continuar a brilhar, a cintilar, a manifestar-se, para que não me esqueça que ele existe. Para que isso aconteça precisa ser protegido. Ele sou EU! Ele é o melhor de mim!

A abordagem ao Eneagrama com que me identifico vem do IESH – Instituto eneagrama Shalom, do qual faço parte, permite-me perceber quanto é importante iniciar por identificar a personalidade (são nove) pela autodescoberta. Aprofundar esse conhecimento pela identificação do nosso subtipo (são vinte e sete).  Conhecer os nossos instintos e iniciar a jornada da descoberta do melhor de nós, a nossa essência. Estes são os pilares base de todo o processo. Caminho que enquanto percorremos nos possibilita aceder à quota parte da transcendência que existe em nós. A partir daqui, fica o prazer de descobrir todos os dias a gratidão de estar em conexão com a natureza, com todos os outros seres e Universo, em Amor e… também aí experimentar Deus.

Não deixando de ser humana, imperfeita, ganho a capacidade de me conectar com o meu interior e experimentar viver integrando espiritualidade no meu dia a dia, fazendo escolhas conscientes. Este é o meu desafio de vida.

Eneagrama e a minha Missão de Vida

Tenho uma missão na vida a concretizar, divulgar este conhecimento a todos os que o queiram aprender e integrar.

O Eneagrama ensinou-me um caminho que sei que só estará terminado no dia em que fechar definitivamente os olhos e o meu coração deixar de bater. Até lá, tenho uma missão a concretizar na vida.

Tenho escrito no meu propósito de vida: “Em liberdade e entrega completa, desafio-me a ultrapassar limites e crenças para ser um instrumento daquilo em que acredito plenamente. Fazer isto, usando a minha sensibilidade e capacidade de entender o outro para ir ao âmago e ser instrumento de algo mais poderoso, transbordando a minha energia, em Amor…”

Partilhar este conhecimento está em total sintonia com este propósito. Faço-o com todas as minhas limitações, humanidade, conhecimento, paixão pelas pessoas e pela vida, acreditando que a vida é para ser vivida com Plenitude.

Se me perguntam o que é o Eneagrama, digo que é a porta pela qual obtive resposta às perguntas: QUEM SOU EU? e EXISTO PARA QUÊ?

Hoje tenho a minha própria resposta para estas questões. Elas são pontos cardiais nas minhas escolhas conscientes dia a dia, e muito mudou em mim. Estas questões são o que me inspira a contribuir para excelentes resultados em cada um que queira conhecer-se melhor e integrar esta vivência.

Ana Sousa

Sabe mais sobre o próximo curso de Eneagrama 

Ser na realidade a própria referência

Numa realidade como a que vivemos onde a referência instalada é a incerteza, o receio pelo desconhecido, a tendência é retrair. Até porque todo o ambiente exterior a tal convida. Há, no entanto, outros referenciais e opções que em vez de retrair e ser reativo nos fortificam. Aqui estão três desses referenciais: autoconhecimento, curiosidade e conexão.

No meu interior está o melhor de mim!

Autoconhecimento:

 

Autoconhecimento

Virar para dentro, conhecer as minhas forças e habilidades, assim como enfrentar os meus fantasmas e debilidades. E ainda, compreender as motivações impulsionadoras da minha ação, conhecer o que existe em mim, fortifica-me. Dá-me consciência da minha influência. Afinal não é o que me rodeia que me faz reagir face à realidade, mas sim a minha forma de sentir, pensar e agir. A minha ação e interpretação da realidade, são reflexo do meu interior. É daí que tudo vem. No meu interior está o melhor de mim!

Ao conhecer e perceber esta dimensão estamos mais habilitados a lidar com o desconhecido aplicando o melhor de nós, encontrando novas perspetivas para além do medo que nos provoca e paralisa.

Curiosidade

Todos já assumimos que a nossa realidade dia a dia será diferente do que era até 2020.

Esta mudança tem de novo, a rapidez e a imposição com que se apresenta, fazendo com que que ainda hoje continuemos a não entender que “novo” é esse. Sabemos, no entanto, que existe porque o sentimos e vivemos como novo, e disso todos temos clareza. O que sabemos e o que conseguimos explicar nem sempre é o mesmo, e a curiosidade é o que nos leva a conhecer mais.

Agora, é preciso fazermos perguntas para as quais não temos resposta, procurar saber mais, para entender este novo, dissecá-lo, experimentá-lo, desafiá-lo com novas premissas. Isso exige da nossa parte, abertura e curiosidade. Acima de tudo precisamos de largar as certezas que nos transportam para o que era e nos limitam a entender o “novo”, o que agora é.

Desapegar destas certezas é abrirmo-nos à curiosidade.

Desta curiosidade surge uma atitude inovadora, criativa, capaz de encontrar soluções para os novos desafios. Sabendo que estes desafios, mesmo sendo idênticos aos que já tínhamos, são novos, por estarem num novo ambiente, por terem novos fatores de contexto.

Conexão:

Nenhum de nós está só e isolado no mundo, mesmo que se sinta como tal.

Todos nós podemos e precisamos estabelecer conexão com outros e com outras realidades diferentes da nossa. Não é com banalidades, mas antes criando oportunidades de partilhar o que sentimos, receamos, desejamos e pensamos. E além disso, conseguir rir e descontrair face ao que somos e nos rodeia.

Esta conexão pode também ser com o nosso interior, e podemos fazê-lo escrevendo, meditando, dialogando connosco próprios ou com outras pessoas, integrando outras perspetivas e abrindo horizontes.

O importante é conectar para com isso ganharmos a possibilidade de identificar o que realmente queremos e desejamos. Sendo esta uma referência fundamental da nossa tomada de decisão consciente.

Com autoconhecimento, curiosidade e conexão estaremos mais capacitados para lidar com as possibilidades que a realidade traz dia a dia, assumindo tudo o que de bom acontece, no aqui e agora.

A escolha é minha e é tua!

Isto é, decidir agir e influenciar como me quero sentir interiormente. Robustecidos com a perspetiva e esperança de encontrar soluções à medida, ganhamos tranquilidade e serenidade interior. Fatores estes que alimentam o olhar curioso que dá leveza à realidade.

O nosso cérebro faz escolhas regularmente, mesmo constantemente. No entanto, tendo por base os três referenciais, podemos mudar as nossas escolhas tornando-as criativas, conectadas e alinhadas com a construção do futuro que queremos.

O que tem isto a ver com a escolha automática atual que é dominada pelo medo enquanto emoção presente e mais forte que todas as outras?

Queres ganhar as rédeas ao teu futuro e à tua vida? Então investe em ti mesmo! Desenvolve a curiosidade e mantém conexão contigo próprio e com os outros, momento a momento, no agora, agarrando e concretizando as oportunidades que vislumbres possíveis.

Steve Jobs dizia: “Pessoas criativas são aquelas capazes de conectar experiências que tiveram no passado para criar algo totalmente novo.”

Curso Eneagrama

Teletrabalho: Como estão as relações lá por casa?

Menos privados uns dos outros…

Estamos em teletrabalho, todos em casa mais tempo e ao mesmo tempo. Movemos-nos com maior frequência nos espaços comuns, ou estamos cada vez menos privados uns dos outros.  Agora precisamos partilhar os mesmos utensílios, de lazer e de trabalho, a largura de banda (afinal não é tão larga assim!), e até o ar que nos rodeia, saturado de odores, sons, temperaturas, vivências de uns e outros, tudo parece fazer-nos cócegas, incomodar, apertar, tirar o ar. O autodomínio que tínhamos, o ‘deixa para lá’, ‘oh pá vou ali e já volto’, ‘não ligues’ parece começar a abandonar-nos.

Com a sensibilidade à flor da pele e a irritabilidade a fervilhar nas entranhas, tornamo-nos mais permeáveis ao comportamento do outro. Vêm então ao de cima as esquisitices, as picuinhas, as generalizações, os exageros, o ‘é sempre a mesma coisa’, ‘parece que nunca aprende’, ‘só quer saber dele’, o ‘não faltava mais nada, querem lá ver!’.

E estas coisas que os psicólogos chamam de viés ou distorções cognitivas, que tão arduamente fomos enterrando, com aulas de inteligência emocional e gestão de conflitos, práticas de mindfulness e coaching, começam a aflorar, e a querer florescer, como ervas daninhas depois de uma chuvada de primavera.

teletrabalho

Apetece gritar, dizer dois ou três disparates, e com que consequências?

E depois só apetece gritar, dizer dois ou três disparates, bater com a porta, ir passear o cão que não temos, sair para a rua, ter de voltar para trás porque nos esquecemos da máscara, e sentirmo-nos injustiçados e culpados, justificados e exagerados.

Então, depois de duas voltas ao quarteirão, a emoção sob controle, preparamo-nos para voltar. E interrogamo-nos:

  • Como quero comunicar o que estou a sentir, o que me está a incomodar?
  • Que pedido preciso fazer?
  • Como posso chamar a atenção sem magoar?
  • Como posso aproveitar esta oportunidade de estar mais presente na vida de quem amo para os ajudar a crescer, a desenvolver?
  • Mas como o faço sem gerar resistência, hostilidade, frustração?
  • Como comunico de modo a criar abertura, aceitação, curiosidade, vontade de experimentar, gratidão?

Como posso chamar a atenção com gentileza e eficácia?

Uma via é recuperar da caixa de ferramentas as metodologias de dar e receber feedback, isto é, formas de elogiar e chamar a atenção com gentileza e eficácia.

Se quiser companhia, venha experimentar connosco. Pois, em apenas duas horas online, numa sessão interativa e dinâmica, partilhamos consigo um método e uma ferramenta de aplicação imediata para reavivar as suas relações pessoais e profissionais!

 

Isabel Vilhena

Executive & Team Coach

Career Advisor & Trainer

9 Passos para uma gestão do tempo flexível

Não gerimos o tempo, gerimo-nos a nós próprios. Temos 24horas num dia, nem mais, nem menos, mas a forma como escolhemos usufrui-lo depende inteiramente de nós, dos compromissos que assumimos connosco e com os outros. Podemos deixar que sejam as outras pessoas e as circunstâncias a determinar a nossa gestão de tempo, o nosso rumo ou podemos encontrar um equilíbrio flexível entre aquilo que queremos e aquilo que nos acontece.

Ser líder do nosso tempo é mais fácil quando iluminado pela clareza do propósito, dos valores, dos objetivos, dos motivos que nos movem. São eles que sustentam a ação diária, dão fundamento às escolhas que fazemos, ajudam a fazer sentido do que nos acontece, permitem-nos encarar os imprevistos como mais- valias para a jornada, amenizam as adversidades e trazem mais sabor às vitórias.

Os primeiros 4 passos têm esta finalidade, ou seja, criar os alicerces para uma gestão do tempo sustentável. Os 4 passos seguintes sustentam e facilitam a ação e o último conclui o ciclo com a reflexão que fortifica e renova o processo.

1 – Descoberta do Propósito

O primeiro passo para aproveitar o melhor possível o seu tempo é descobrir o seu propósito, a sua missão de vida. Quem sou na minha essência, o que valorizo e que diferença quero fazer no mundo? Existem vários métodos que pode usar para descobrir o seu propósito como o Life Purpose© da SUNi ou a técnica japonesa IKIGAI.

gestão de tempo

 

2 – Diagnóstico da situação atual
De posse do seu propósito, olhe para a forma como está a viver as diferentes áreas da sua vida, saúde, lazer, trabalho, família…, identifique o que está a funcionar como gostaria e os aspetos que quer melhorar. Pode recorrer a ferramentas como a Roda da Vida.

3 – Visualização da situação desejada
Use então a técnica da visualização para imaginar um momento no futuro em que já está a viver como gostaria em todas as áreas da sua vida com bem-estar e plenitude. Feche os olhos e veja-se lá e observe sensorialmente todo o ambiente que o rodeia, imagens, cor, som, sensações, odores, o quê e quem está por perto, a pessoa que é, o que está a fazer, o que conquistou, o que sente, como impacta o ambiente e as pessoas ao seu redor.
Então olhe para trás e observe o seu percurso para chegar aqui. O que fez, que hábitos adotou, que obstáculos transpôs, que alterações introduziu, o que aprendeu, o que o motivou e deu energia para persistir?

4 – Clarificação de objetivos e resultados
Agora que já sabe onde está e onde quer chegar, concretize os objetivos que quer alcançar. O que quer ser, ter, fazer, quando (prazo), como vai saber que lá chegou (metas quantificáveis) e, principalmente, porque é importante para si. Não se esqueça do impacto que a realização deste seu objetivo tem no mundo que o rodeia. Precisamos de desenvolver a nossa consciência ecológica e sustentável e tê-la presente em cada decisão que tomamos.
Para o ajudar a clarificar os seus objetivos use ferramentas como SMARTER, PURE, CLEAR.

gestão de tempo

5 – Desdobramento dos objetivos no tempo: ano, mês, semana
Com os objetivos bem definidos, desdobre-os em objetivos ou resultados mais pequenos e distribua-os pelo tempo que definiu para os atingir. Se tiver, por exemplo, objetivos a 3 anos, identifique qual o resultado que quer alcançar em cada ano. Depois identifique o resultado que quer alcançar em cada mês e em cada semana. Determinados objetivos exigem ação diária, semanal ou mensal, outros podem necessitar de apenas uma ou duas ações para serem alcançados.

6 – Identificação das ações a executar
Os objetivos necessitam de ações para se concretizarem. Para cada objetivo ou resultado a alcançar, identifique as atividades, tarefas e subtarefas que precisa executar. Pense no que tem de fazer e também em quem tem de ser para que o resultado que quer alcançar esteja alinhado com o seu propósito, valores e princípios de sustentabilidade, e no final, se sinta realmente realizado.

7 – Calendarização das atividades
Agendar as tarefas é o passo seguinte. Construa uma agenda semanal que possa agregar tudo o que necessita para manter a sua atenção, energia e motivação no seu melhor. Escolha para cada semana um resultado, uma ação derivada dos seus objetivos maiores. Pode ser algo pequeno, rápido e fácil de executar, mas vai mantê-lo conectado com o que é realmente importante para si. Identifique uma ação prioritária para cada dia – Qual a tarefa mais importante que posso fazer hoje? – e um hábito que queira trabalhar durante a semana. Uma agenda como o Diário do Foco pode ajudá-lo.

gestão de tempo

8 – Definição de prioridades
Que bom seria poder focar-se maioritariamente no que é realmente importante para si. Contudo vivemos em comunidade, somos um ser social e derivamos grande parte da nossa satisfação e sentido de realização da conexão que estabelecemos com os outros. Isto significa que aquilo que é importante para os outros também exige o seu contributo, a sua colaboração. Assim, há que equilibrar o que quer com o que os outros precisam de si.
Então como é que se gere esta tensão? Em cada momento precisa escolher o que fazer e não fazer, ou deixar para mais tarde. É o que designamos de priorização. Se por um lado, o tempo é limitado, as solicitações que nos chegam parecem ser ilimitadas. Saber priorizar é uma competência valiosa e são muitas as ferramentas desenvolvidas para facilitar este processo. Uma das mais conhecidas é a matriz Urgente/Importante de Eisenhower, que conjugada com uma análise de Pareto pode ajudá-lo a decidir em que tarefas despender a maior parte do seu tempo e esforço. Segundo o principio de Pareto, 80% dos resultados advêm de 20% dos esforços.

9 – Reflexão
Por fim, para que este esforço de alinhamento e priorização seja sustentável, há que reservar na sua agenda um espaço para rever a sua semana, planear a seguinte e refletir sobre o que aprendeu e como o pode introduzir no próximo ciclo semanal. Este é um dos hábitos mais citados como determinantes para o sucesso, segundo o testemunho de várias das personalidades mais bem-sucedidas do mundo.

Este processo de 9 passos é inicialmente exigente, mas se for persistente, em pouco tempo tornar-se-á um hábito que lhe trará o bem-estar e a satisfação de ser “dono do seu tempo”. Encontre um parceiro de jornada, um amigo, colega, familiar ou profissional de coaching, e desafiem-se!

Se quer aprender e experimentar connosco, veja as oportunidades que temos para si!

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